Polêmicas

Candomblé na Igreja de La Madeleine, em Paris
PERGUNTA
Nome:
Maria Bolanos
Enviada em:
16/09/2007
Local:
São Paulo - SP, Brasil
Religião:
Católica

Olá! Envio-lhes matéria veiculada no Jornal Hoje da Rede Globo. Oferendas de candomblé num altar católico?! Fiquei na dúvida se o termo correto é "ecumenismo" ou "profanação"....

Atenciosamente.
Maria Bolaños

http://jornalhoje.globo.com/JHoje/0,19125,VJS0-3076-20070915-301605,00.html


JORNAL HOJE - REDE GLOBO
Sábado 15 de Setembro de 2007
Rosana Jatobá

Durante cinco dias Paris se rendeu à cultura afro-brasileira. Foi a sexta edição da Lavagem da Igreja de La Madeleine, evento que retrata a força do sincretismo religioso entre católicos e seguidores do candomblé. E a repórter Rosana Jatobá acompanhou toda essa festa pelas ruas da capital francesa.
A população católica da França encolheu nas últimas décadas. Nos anos 1990, 80% dos franceses eram católicas. Hoje, não passam de 50%. Entre eles, poucos têm o costume de ir à missa. Mas a cultura afro-brasileira mudou essa realidade, pelo menos num ensolarado domingo do verão europeu. Na celebração, que reuniu baianos e parisienses, o som do tradicional órgão que embala as missas da igreja de La Madeleine deu lugar ao ritmo dos atabaques.
No altar, baianas e pais de santo dançaram, cantaram e fizeram oferendas. Sob a abóbada da igreja de La Madeleine, a comunhão dos católicos e o banho de pipoca dos seguidores do candomblé.
Do mesmo jeito que acontece na Bahia, depois do ritual sagrado no sincretismo religioso vem a parte profana da festa. O bairro escolhido foi Pigalle, um dos pontos da boemia francesa, onde a dança e a música não conhecem fronteiras. “É uma festa que provoca um choque cultural, mas desperta o interesse pela cultura da Bahia. Eu penso que é muito interessante, muito bom”, diz o dentista francês Jean Jacques Berdhar.
Nas casas de show do Moulin Rouge, nada de can-can – o tradicional ritmo francês. As noites são para dançar axé. “Eu acho que a gente tem que aproveitar o máximo isso para aproveitar o potencial que a nossa cultura tem de poder sem bem recebida em todos os lugares”, acredita a cantora Margareth Menezes. “Eu acho sensacional, eu acho que o mundo inteiro caminha para isso. A gente precisa aprender a respeitar tudo e aprender a conviver com tudo”, fala o cantor Jauperi.
Mas é nas ruas que paris é a mais brasileira das capitais européias. Ao som do samba, do maracatu e do axé já não dá mais para saber quem é francês ou brasileiro. A alegria é uma só. Em cima de um carro de som, um trio elétrico faz o carnaval parisiense. “Perder uma festa dessas, minha nega, não é para brasileiro. Estamos aqui!”, diverte-se o presidente do Flamengo, Márcio Braga.
O caminho da festa é o templo construído no século 18. Em outra cena familiar aos brasileiros, a igreja de La Madeleine lembrou a do Senhor do Bonfim, em Salvador. A lavagem da Madeleine reuniu dez mil pessoas, uma multidão que rezou o pai nosso em francês, português e banto. O ritual terminou com um banho de água perfumada. E deixou o frio coração europeu um pouco mais quente.
RESPOSTA

Prezada Maria Bolanos, salve Maria!
 
     O termo exato para este triste caso é "PROFANAÇÃO" que requer reparação solene e pública, pois foi um ato público!
 
     Infelizmente essa blasfêmia, que há tempo vem ocorrendo no Brasil, chegou a Paris... e foi divulgada pelo mundo todo, certamente chegando também ao Vaticano, do qual, espero e rezo para que sérias medidas sejam tomadas.
     Mas, se a CNBB tivesse há tempo condenado tal prática, isso não teria acontecido!.. A Instrução do Vaticano Redemptionis Sacramentum, de 25 de março de 2004, pedindo aos bispos, sacerdotes e fiéis para acabarem com os abusos litúrgicos que, infrelizmente, ocorriam e ocorrem em muitas igrejas do mundo, só mereceu 6 [seis] artigos no site da CNBB. Além disto, que fez ela para atender àquele documento?
     Veja, por exemplo, os abusos em capelas das CEB"s noticiados pelo jornal O Estado de São Paulo de 09 de setembro. Como isso pode ainda ocorrer?... 
     
Mas, graças a Deus, a missa Gregoriana foi liberada pelo Papa e, com o tempo, deverá servir de forte barreira para acabar com tais abusos, que a Nova Missa, infelizmente, acabou proporcionando. E aqui em S. Paulo, além das Missas já há tempo celebradas, agora há dominicalmente, às 18:00 horas, Missa Gregoriana no Mosteiro de S. Bento.  O que é muito importante e significativo que servirá como modelar exmplo a muitos outros mosteiros, conventos e igrejas!...
     Rezemos pelo Clero para que bem atenda ao pedido do Papa.
 
In corde Iesu semper
Marcelo Fedeli