O Papa

Católicos da Diocese de Limeira apóiam o Papa
PERGUNTA
Enviada em:
07/03/2009
Local:
Brasil
Religião:
Católica


 
Nós, católicos apostólicos romanos, dentre tantas diferenças que encontramos quando nos comparamos a membros de outras religiões, constatamos que temos um Pai. Um Pai espiritual visível, sinal mais do que sensível de autoridade deixado pelo próprio Cristo para governar sua única Igreja e guiar-nos neste vale de lágrimas, como bem ensinava Santa Catarina de Siena: o Papa é o Doce Cristo na Terra.
Ter um Pai é algo sublime. Claro que hoje "um pai" pode parecer algo superficial e até mesmo algo tirânico, para aqueles que, dominados pelo pensamento moderno, julgam que a paternidade é uma dominação injusta, e que, por isso mesmo, recusam dar espaço a ela, pois condenam o que chamam pejorativamente de paternalismo. Nesse mundo moderno, a família é desrespeitada dia após dia, e o centro da casa "o pai" é ridicularizado ou colocado em segundo plano. Aos poucos, foram nos impondo um igualitarismo entre os pais e os filhos, uma confusão de direitos e obrigações, e assim o pai perdeu o direito de guiar, de corrigir e de punir. Aplicou-se a colegialidade à família.
Mas houve um tempo em que os pais corrigiam os filhos e tinham autoridade para tanto, sua autoridade partia da certeza da moral que ensina que o bem tem que ser feito e o mal tem que ser evitado, e, em certos casos, punido. A isso unia-se uma coroa de glória e honra para os pais pelo exemplo que davam. Houve um tempo em que se sabia distinguir entre o certo e o errado.
A maior obra de caridade é corrigir. Como as coisas eram diferentes quando os pais corrigiam. Um olhar era suficiente para compreendermos como estávamos errados.
A nossa honra estava em obedecer ao conselho do pai. Submeter-se a ele não era um fardo pesado.
Claro que em todas as épocas existiram filhos rebeldes. E como era triste vermos um irmão desrespeitando nosso pai. Esse desrespeito é muito mais triste quanto feito ao nosso pai espiritual: o Papa, nosso pai por excelência, pois é ele quem nos transmite a vida espiritual, conduzindo-nos ao céu.
Nos últimos dias, o desrespeito ao Papa ganhou proporções jamais vistas na história, e isso ocorreu sem a indignação de nossa CNBB. Nossos Bispos parecem desconhecer o que se passa ou então não procuram saber. Deixamos a culpa desse descaso e desse erro para que Cristo julgue.
As últimas ordens dadas até agora por Sua Santidade o Papa Bento XVI estão sendo colocadas em velhas e fundas gavetas, para não serem atendidas.
Prova disso é que passado um ano, não encontramos nenhum padre na Diocese de Limeira disposto a rezar a Missa na sua forma tradicional, em latim, conforme disposto pelo Papa no documento Summorum Pontificum. Nosso pedido foi acolhido com tantas reservas e barreiras burocráticas que parece ter sido esquecido.
Agora o Papa retirou as excomunhões contra os Bispos da Fraternidade São Pio X, justamente os Bispos que atacam o Concilio Vaticano II e a Nova Missa de Paulo VI, que segundo o Cardeal Ratzinger foi um "rito fabricado" que trouxe tanto mal, e que foi a causa principal da atual crise da Santa Igreja.
O Vaticano II não foi um super concilio e não é um super dogma. Assim nos ensinou o Papa enquanto era Cardeal. Logo, é um erro tratá-lo como dogmático, e ele pode, pois, ser criticado. E o será logo mais, pois o Papa declarou que ele contém "questões em aberto”.
Escandalizaram-nos os gritos dos modernistas nestas últimas semanas. Vieram de todos os cantos do mundo: da Alemanha, da França e outros lugares. Por aqui alguns teólogos tupiniquins também jogaram suas pedras. Um deles chamou o Papa Bento XVI de pastor medíocre e politicamente desastrado. Outro chegou a afirmar que o Papa já ficou muito tempo no Vaticano e deve renunciar. Outro ainda fez a previsão que o Papa está velho e logo morrerá. São os velhos e novos rebeldes que de duas formas agridem o nosso Pai espiritual, uns com palavras e outros tantos com o silêncio cúmplice.
Bento XVI, Papa de inteligência ímpar, conhecedor da crise modernista que estamos vivendo nestes últimos 40 anos pós Concílio, sabia muito bem o que estava à sua frente após o conclave que o elegeu, afirmando que a barca de Pedro fazia águas por todos os lados e que os absurdos da Nova Missa chegaram ao “limite do suportável”. Por isso, pediu orações para que ele - "Pedro" - aquele que está no timão da Igreja de Cristo, consiga vencer os lobos que estão dentro da mesma Igreja.
Resolvemos assim publicar essa carta, como simples leigos que somos, manifestando nosso júbilo e servidão filial ao Papa Bento XVI. Não queremos participar do silêncio cúmplice de muitos. Queremos ser católicos onde quer que sejamos chamados, não apenas na igreja diante do altar, mas também onde trabalhamos e vivemos. Lá também é que queremos testemunhar a verdade e lutar pela vida do seu inicio até seu termino natural. Assim Nossa Senhora nos conserve junto ao Doce Cristo na Terra. E até a morte.
Nossa Senhora das Dores, padroeira da Diocese de Limeira, rogai pelo Papa.

 
 
Católicos da Diocese de Limeira
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