Igreja

Padre Paulo Ricardo e sua lamentável defesa dos palavrões e da “filosofia” do Olavo de Carvalho
Eder Moreira
 “... a boca fala do que está cheio o coração” (S. Mateus XII, 34).

“Vede que ninguém vos engane por meio da filosofia inútil e enganadora...” (Colossenses II, 8).

 

 Antevendo reações perplexas de católicos desinformados, ou sentimentalmente apegados à pessoa do referido sacerdote, exporemos em poucas linhas o pensamento de Santo Tomás sobre a correção fraterna, especificamente se um leigo está obrigado a corrigir, mesmo publicamente, um prelado da Igreja. Como a noção de caridade está profundamente distorcida pelo romantismo triunfante, é oportuno recordar e salientar as verdades tradicionais do catolicismo, cuja luz manifesta-se na vida dos santos que nunca silenciaram, por respeito humano, diante das heresias e das imoralidades.

Que os prelados devem ser corrigidos, ensina o Doutor Angélico na Suma Teologia: “Devemos, porém, saber que correndo iminente perigo a fé, os súbitos devem advertir os prelados mesmo publicamente. Por isso Paulo, súbito de Pedro, repreendeu-o em público, por causa de perigo iminente de escândalo, para a fé” (Parte II-II, Q. XXXIII, a. IV).

Fundamentados na excelsa teologia da Igreja Católica, iniciaremos nossa correção fraterna contra a escandalosa benção do Padre Paulo Ricardo – em favor dos palavrões – e à sua imprudente recomendação e aprovação da condenada “filosofia” modernista do Olavo de Carvalho.

Quem assisti as aulas desse sacerdote, percebe um aparente empenho de fidelidade ao magistério da Igreja. Citando documentos pontifícios e o Catecismo, assinala uma preocupação em não destoar da doutrina tradicional. Uma pena que essa mesma prudência não tenha se estendido na consideração sobre a postura e o ensinamento do finado astrólogo.

Para uma adequada dissertação, apresentaremos primeiramente os esclarecimentos do padre em relação ao Olavo, sua filosofia e seus benditos palavrões, segundo a orientação “católica” do Padre Paulo Ricardo:

“Estou indicando o professor Olavo de Carvalho como um pensador que irá ensinar para vocês duas coisas extraordinárias. Primeiro: como está a realidade do Brasil e do mundo. Segundo: ele pode ensinar vocês a pensar no sentido verdadeiro da palavra pensar. Ou seja, a filosofar [...] se você quiser estudar e conhecer algo do mundo da filosofia, o Olavo é um bom professor. Por exemplo, alguma dificuldade que as pessoas sentem, isso é o eterno tema que volta todas as vezes com relação ao professor Olavo [...] O professor Olavo fala palavrões. Pois bem. Deixa-me dizer pra vocês com toda clareza. Eu entregaria os meus sobrinhos para serem educados pelo professor Olavo de Carvalho, com os palavrões que fossem, e não os entregaria a muitos colégios religiosos católicos desse País. Aliás, a maioria deles. Por uma razão muito simples. Eles aprenderiam a verdade com o professor Olavo. E nesses colégios religiosos católicos eles aprenderiam simplesmente uma mentalidade revolucionaria que os tiraria da realidade e da fé católica. O pessoal fica assim: ‘há, mas ele fala palavrão’. Sim, ele fala palavrão. E com os palavrões dele o professor Olavo já trouxe de volta para a Igreja católica dezenas de pessoas. E eu sou testemunha disso. Por que nos lugares onde eu vou no Brasil, e eu viajo muito, em todos os lugares onde eu vou dar palestra sempre aparece um grupo de pessoas dizendo: ‘Padre Paulo, eu sou católico graças ao site do senhor e do professor Olavo de Carvalho. Se com os palavrões ele está conseguindo acordar as pessoas e trazê-las de volta apara a Igreja, bendito seja os palavrões. Bendito seja os palavrões. Enquanto certos grupos de tradicionalistas a única coisa que conseguem fazer é reclamar da vida, se fechar dentro da sua bolha e definhar, parasitar. Eu não aceito esse tipo de crítica ao professor Olavo de pessoas que sequer tiveram a benevolência de entender o trabalho que está sendo o feito. Não se trata de os fins justificam os meios. Não se trata aqui de dizer ‘há eu aceito e assino em baixo de tudo aquilo que o professor Olavo de Carvalho disse, diz, ou dirá [...] As pessoas não entendem o que é um filósofo. Eu não estou aqui indicando para que vocês procurem o professor Olavo de Carvalho para que ele ensine a vocês catecismo da Igreja Católica. Eu estou indicando para que eles ensinem você a pensar

(Pe. Paulo Ricardo. Bentidos Sejam os Palavrões de Olavo de Carvalho)

(https://www.youtube.com/watch?v=ayDv6jKk-as)

 

Por um instante, consideremos – contra as evidências – Olavo um bom pensador, portador de uma impecável filosofia. Ao empregar um vocabulário obsceno, encharcado de palavrões, seu ensinamento, ainda que aproveitável filosoficamente, teria uma perniciosa contradição. O discurso filosófico seria racional, enquanto a conduta ou método de ensino seria imoral e irracional. Isso significa que a finalidade seria boa – proporcionar um bom conhecimento – mas o meio de transmissão do saber seria pecaminoso.

Que os palavrões são condenados pela Lei de Deus e da Igreja, e não benditos, segundo a errônea opinião do padre Paulo Ricardo, tivemos oportunidade de demonstrar, conforme exposto no artigo “Olavo de Carvalho: o modernista das palavras imodestas”. Essa nossa redação, bem como o Sermão do Padre Daniel Pinheiro (IBP), contém os devidos fundamentos pelos quais nunca é licito a um bom católico proferir palavras imodestas. A propósito, é o que nos ensina o Catecismo da Igreja, que o ilustre padre tem o dever de estudar e ensinar como bom pastor do rebanho de Cristo.

No Capítulo sobre o Sexto Mandamento, ensina o Papa São Pio X:

“Não pecar contra a castidade, proíbe qualquer ação, PALAVRA ou olhar contrários à santa pureza...” (Parte III, Cap. III § 3º, 423). Na sequência, prossegue o Catecismo: “O sexto Mandamento ordena-nos que sejamos castos e modestos nas ações, nos olhares, no porte e NAS PALAVRAS” (Parte III, Cap. III § 3º, 428).

Quanto a gravidade desses atos de impureza, o que inclui os malditos palavrões, ensina o Magistério da Igreja:

É um pecado gravíssimo e abominável diante de Deus e dos homens; rebaixa o homem à condição dos irracionais, arrasta-o a muitos outros pecados e vícios, e provoca os mais terríveis castigos de Deus” (Parte III, Cap. III § 3º, 425).

Um simples Catecismo é suficiente para respaldar nossa correção fraterna contra os erros do padre Paulo. Sequer precisamos recorrer a Suma Teologia de Santo Tomás. O assunto é tão elementar que chega a ser incompreensível como um sacerdote, tão comprometido com a defesa da fé, pôde errar tão grosseiramente quanto a um assunto de simples Catecismo.

Os católicos, fieis ao ensino imutável da Igreja, são chamados de parasitas pelo misericordioso tribunal do preclaro sacerdote. Parasitas, porque obedientes ao Catecismo da Igreja, à Moral Católica e ao exemplo dos Santos, condenam a boca imunda do Olavo Carvalho.

Para dar mais razão à nossa correção, reproduziremos o ensinamento de dois grandes Santos da Igreja. O primeiro é de Santo Afonso Maria de Ligório, Doutor da Igreja. Tratando das conversas e palavras licenciosas, consideradas benditas pelo padre Paulo Ricardo, instruiu como bom pastor o Santo Moralista:

“Se o confessor os repreende, eles dizem que falam essas coisas somente por brincadeira e sem a menor malícia [...] Tenha em mente, pobre insensato que você é, que essas brincadeiras indecentes fazem rir hoje os demônios e que eles farão que você chore um dia no inferno [...] não diga que você agiu sem malícia, pois é quase impossível que você não seja nos seus atos o que você é nas suas palavras” (Santo Afonso Maria de Ligório. Sermão para o 11º Domingo depois de Pentecostes       apud Padre Daniel Pinheiro (IBP). Sermão A pureza ou a modéstia no falar, 19/03/2017).

Eis um bom Sermão de um Santo Padre da Igreja!

Seria Santo Afonso, na opinião do Padre Paulo, um parasita de seu tempo, que vivia preso em uma bolha?

Afinal, quem tem razão: Santo Afonso, Doutor da Igreja, ou padre Paulo Ricardo, em sua defesa imoral dos palavrões de Olavo de Carvalho?

Na mesma coerência dos Santos da Igreja, São Francisco de Sales também tratou da questão em sua Introdução à Vida Devota (Filotéia): 

“Tem todo o cuidado em não deixar sair de teus lábios alguma palavra desonesta, porque, embora não proceda duma má intenção, os que a escutam a podem interpretar de outra forma. Uma palavra desonesta que penetra num coração frágil estende-se como uma gota de azeite e às vezes toma posse de tal modo dele que o enche de mil pensamentos e tentações sensuais. É ela um veneno do coração, que entra pelo ouvido; e a língua que serve de instrumento a esse fim é culpada de todo o mal que o coração pode vir a sofrer, porque, ainda que neste se achem disposições tão boas que frustrem os efeitos do veneno, a língua desonesta, quanto dela dependia, procurou levar esta alma à perdição” (Introdução à Vida Devota, Parte III, Capitulo XXVII).

 

E prossegue o santo contra aqueles que pretendem justificar os palavrões:

 

“Nem se diga que não se prestou atenção, porque Nosso Senhor disse que a boca fala da abundância do coração. E, mesmo que não se pensasse nada de mal, o espírito maligno o pensa e por meio dessas palavras suscita o sentimento mau nos corações das pessoas que as ouvem [...] Assim, se um louco te disser palavras indecentes, testemunha-lhe logo a tua indignação, voltando-te para falar com uma outra pessoa ou de algum outro modo que te sugerir a prudência” (Introdução à Vida Devota, Parte III, Capitulo XXVII).

Seria São Francisco de Sales também um parasita preso em uma bolha tradicionalista? Padre Paulo, que deveria ser um São Francisco de Sales de nosso tempo, faz o contrário, declarando benditos e, portanto, de acordo com a Lei de Deus, a impureza dos palavrões. Abençoar o pecado não é o exemplo dos santos, mas de Lutero, que louvava o pecado como ato abençoado!

Enquanto os santos, verdadeiros pastores de almas, preveniam as ovelhas contra a impureza nas palavras, causa de tentações e de pecados contra o Sexto Mandamento, padre Paulo diz que entregaria, como bom diretor espiritual, seus sobrinhos aos palavrões e à “filosofia” do Guru modernista. Esse ato revela ou uma profunda ignorância, ou uma consciente perversidade.

Louvado seja Deus por não sermos sobrinhos do padre Paulo Ricardo. Dessa desgraça não padecemos! Mas, coitadas das ovelhas do padre que passaram a acreditar nessa benção dos palavrões e, tomando Olavo como referência, absorveram os graves erros doutrinários do Guru perenialista. Quantas bocas imundas e quantos modernistas esse sacerdote irá favorecer com seu olavismo irracionalista!  

Oxalá padre Paulo fizesse jus à sua exaltação dos Santos:

“Os nossos santos são lindos! É lindo ser católico! É lindo ter santos que iluminam, que são faróis” (https://www.youtube.com/watch?v=kSq4dpYBbuc).

De que adianta a beleza dos santos se o senhor prefere a feiura imoral dos palavrões do Olavo? De que adianta ter faróis de santidade se o senhor prefere confiar na “filosofia” herética do Olavo e abençoar sua língua tão podre quanto um esgoto de subúrbio?

O senhor, vergonhosamente, pretendeu justificar os palavrões do Olavo, alegando que ele ensina boa filosofia, aproximando as pessoas da Igreja Católica. Essa é uma clara intenção de justificar um mal moral (palavrões) alegando um fim supostamente benévolo (boa filosofia). Ora, essa pretensão de justificar o emprego de meios imorais ou perversos, alegando uma finalidade honesta, é censurada pelo Catecismo que o senhor mesmo utiliza em suas Pregações:

“Não se pode justificar uma ação má, embora feita com boa intenção. O fim não justifica os meios [...] Não é permitido fazer o mal [pecado] para que daí resulte um bem” (Catecismo da Igreja Católica, Parte III, Seção I, Capítulo I, Artigo 4º, §1759 e 1761).

 A benção dos palavrões não é catequética!

Jamais será bendita a impureza contra a lei de Deus.

Isso não é invenção tradicionalista!

É doutrina da Igreja!

É ensino dos Santos!

Daqueles que o senhor diz ser lindos e faróis de santidade!

É a moral imutável da Igreja de Cristo!

O que agrava, ainda mais, o problema da “benção do pecado dos palavrões”, é a falta de noção do padre com relação aos graves erros teológicos e filosóficos do Olavo. Duas conclusões possíveis: ou não existe um conhecimento suficientemente sobre o pensamento do Olavo, e nesse sentido seria imprudência recomendá-lo aos sobrinhos e fieis católicos, como referência segura em questões filosóficas, ou realmente existe um conhecimento dos problemas e nesse sentido estaríamos diante de uma consciente conivência com o modernismo.

Independente da motivação pró-olavética, a questão é que o padre também se engana quanto a filosofia do mestre perenialista. Um primeiro estudo que recomendamos para persuadir o sacerdote de que Olavo não é católico, mas um gnóstico, é o profundo e extenso trabalho de refutação do professor Orlando Fedeli: A Gnose “Tradicionalista” de René Guénon e Olavo de Carvalho. Para convencer de que Olavo nunca foi referência de boa filosofia, recomendamos o trabalho do professor Fernando Schlithler: O modernismo de Olavo de Carvalho. Lendo essas duas muito bem fundamentadas dissertações, acreditamos que jamais o padre voltará a dizer que entregará seus sobrinhos a um lobo modernista, cuja filosofia é condenada pela Igreja.

Olavo não subordina seu pensar “filosófico” ao Magistério da Igreja. Contaminado por doutrinas esotéricas, raciocina na contramão das verdades da Fé. Por isso sua “filosofia” sempre desembocou em premissas e conclusões discrepantes com os dogmas do catolicismo. Ora, conforme o ensino do Papa Leão XIII, a filosofia, como boa serva, deve ser um degrau pelo qual a inteligência humana é levada a contemplar e abraçar o esplendor das verdades da Fé:

“... a filosofia sendo bem compreendida, pode em certo modo aplainar e fortificar o caminho para a verdadeira fé, e preparar convenientemente a inteligência dos seus discípulos para receberem a Revelação, visto que com razão é chamada pelos antigos umas vezes ‘instituição prévia para a religião cristã’, outras vezes ‘prelúdio e auxilio do cristianismo’, e também é chamada ‘pedagogo para o Evangelho’” (Papa Leão XIII, Aeterni Patris).

Além de contribuir para o fim sobrenatural do homem, deve a filosofia atuar em defesa das verdades da religião, confirmando-as à luz natural da razão:

“... pertence também à filosofia defender religiosamente as verdades divinamente reveladas e resistir aos que ousam opor-se-lhes. Para isto, de muito serve a filosofia, que é considerada como o baluarte da fé e firme defesa da religião” (Papa Leão XIII, Aeterni Patris).

Diametralmente oposto, constitui o “filosofar” modernista do Olavo de Carvalho. Impregnado por uma visão gnóstica-perenialista, sob o tempero da superstição astrológica e da negação de verdades fundamentais do catolicismo, Olavo constrói sutilezas pseudo filosóficas, a fim de corroborar sua hermenêutica extravagante. Menosprezando o Magistério da Igreja, que ele afronta abertamente com seu espírito revolucionário, seu pensar “filosófico” torna-se tal qual um cavalo desgovernado, sucumbindo nas mais loucas ideologias. Se padre Paulo Ricardo ouvisse mais o Magistério de Leão XIII, e menos as mentiras do Olavo, certamente não entregaria seus sobrinhos aos cuidados de um falso filósofo, do qual “.... aprenderiam simplesmente uma mentalidade revolucionaria que os tiraria da realidade e da fé católica”.  

Ouçamos o Papa, contra os desrespeitadores da Fé, como Olavo de Carvalho:

“Debaixo dos impulsos dos inovadores do século XVI, principiou-se a filosofar sem respeito algum pela fé, com plena licença para deixar voar o pensamento segundo o capricho e critério de cada um. Resultou naturalmente que os sistemas de filosofia se multiplicam de modo extraordinário, e que apareceram opiniões diversas e contraditórias até sobre os objetos mais importantes dos conhecimentos humano” (Leão XIII, Aeterni Patris).

Com todo respeito à dignidade sacerdotal, mas parece que o padre vive numa bolha, alheio a mais evidente realidade: o modernismo filosófico e teológico do Olavo de Carvalho.

Pelo bem das almas, padre, não seja alienado como os olavétes! Conheça a fundo a doutrina modernista e esotérica do Guru da direita conservadora. Compare o ensino desse perenialista com o Magistério dos Papas, sobretudo de São Pio X. Não favoreça a corrupção das almas arrastando-as para uma falsa filosofia de um imoral que nega dogmas cristalinos da Igreja Católica. O senhor, enquanto sacerdote, tido como conservador, faz um grande mal ao abençoar um lobo da heresia modernista. Não coloque seus sobrinhos e suas ovelhas sob as garras de um inimigo da santa ortodoxia, que deixou um legado de imundícies e de graves erros contra a Fé. Uma coisa é um leigo defender um herege e arrastar incautos para a heresia. Outra, de maior gravidade, é um padre que, vestido de batina, e admirado por muitos católicos, ser enganado ou deixar-se enganar por um falso católico, jogando as próprias ovelhas na boca de um lobo enganador.

Teu julgamento será pesado, padre!

Reaja enquanto há tempo!

O senhor parece estudar tanto para alguns temas da doutrina católica. Como então não estudou a nefasta doutrina gnóstica, modernista, muito bem exposta e fundamentada pelo professor Orlando Fedeli? Em suas viagens pelo Brasil pergunte quantas pessoas se converteram assistindo suas aulas, lendo os seus artigos, vendo seus vídeos. Pergunte quantos não se dirigiram ao sacerdócio por influência dos ensinamentos do Professor Orlando. Antes de apoiar, abençoar e recomendar tão precipitadamente um inimigo de Cristo e da Igreja, estude profundamente.

É falso que a filosofia do Olavo aproxima as pessoas da Igreja. Ora, nenhuma árvore ruim pode produzir os bons frutos da Fé e da Caridade. Quem diz isso é Nosso Senhor e os Doutores da Igreja. Basta examinar alguns “belíssimos” frutos da filosofia Enro-lavética. Veja, por exemplo, o professor de astrologia, Ítalo Marsili, tão admirado por alguns tradicionalistas. É nesse fruto do Olavo que encontramos a seguinte declaração: “A pessoa que trava ao ouvir um palavrão, ela precisa ouvir um palavrão, aquilo é pedagógico. Claramente, uma pessoa frágil”. E o que pensar do neoconservador Bernardo Kuster, outro seguidor (https://www.youtube.com/watch?v=hQQUybFTvME) da filosofia do Olavo? Seria um católico que se aproximou realmente da Igreja Católica ou apenas de uma instituição anticomunista? Por que esse fruto da philosophia perennis não condena os erros modernistas do Olavo? O senhor, padre, já avaliou as ideias e a vida do deputado Eduardo Bolsonaro, outro produto (https://www.youtube.com/watch?v=ITdPd-P9TBs) da filosofia olaviana? Estaria esse político mais próximo da direita ou do catolicismo? Do Evangelho de Cristo ou da cartilha do liberalismo? Haveria muita coisa a dizer sobre a suposta catolicidade dos fiéis olavétes do mundo conservador.

Assim como uma comida com pitadas de veneno não aproxima o doente da vida saudável, mas antes causa mais prejuízos, do mesmo modo, uma filosofia com o veneno do modernismo, na medida em que é absorvida, afasta os incautos da verdadeira Fé e, consequentemente, da Igreja Católica.

É o que faz Olavo com seu perenialismo esotérico, sua gnose tradicionalista, seu modernismo filosófico, e sua superstição astrológica.

Novamente, ouça o Papa Leão XIII:

“Os Arianos, os Montanistas, os Novacianos, os Quartodecimanos, os Eutiquianos certamente não abandonaram toda a doutrina católica, mas somente essa ou aquela parte, e, no entanto, quem ignora que eles foram declarados hereges e rejeitados do seio da Igreja? E julgamento semelhante tem condenado todos os fautores de doutrinas errôneas que foram aparecendo nas diferentes épocas da história. ‘Nada poderia ser mais perigoso do que esses hereges que, conservando em tudo o mais a integridade da doutrina, por uma só palavra, como que por uma gota de veneno, corrompem a pureza e a simplicidade da fé que recebemos da tradição dominical, e depois apostólica”. Tal foi constantemente o costume da Igreja, apoiada pelo juízo unânime dos santos Padres, os quais sempre consideraram como excluído da comunhão católica e fora da Igreja quem quer que se separe o menos possível da doutrina ensinada pelo magistério autêntico. Epifânio, Agostinho, Teodoreto mencionaram um grande número de heresias do seu tempo. Santo Agostinho observa que outras espécies de heresias podem desenvolver-se, e que, se alguém aderir a uma só delas, por isso mesmo se separa da unidade católica. Diz ele: ‘Do fato de alguém não crer esses erros (a saber, as heresias que ele acaba de enumerar), não se segue deva crer-se e dizer-se cristão católico. Porque pode haver, podem surgir outras heresias que não estejam mencionadas nesta obra, e todo aquele que abraçasse uma delas deixaria de ser cristão católico” (Papa Leão XIII. Satis Cognitum, XVII).

Acorde, Padre!

Liberte-se da bolha olavética e volte para a realidade.

Condene os erros do Olavo de Carvalho!

Salve a vida espiritual de muitos sobrinhos e de muitos filhos da Igreja!

Seja um bom pastor, e não um bajulador de hereges!

Em breve publicaremos um trabalho que será um compilado das heresias que constituem o maldito legado do Olavo de Carvalho.

Teremos a honra de submetê-lo ao seu crivo teológico!

Que Nossa Senhora te ajude a enxergar o lobo modernista, para sacrificá-lo em defesa do rebanho de Nosso Senhor Jesus Cristo.

 

In Corde Maria Regina
Eder Moreira da Silva

29/07/2023

    Para citar este texto:
"Padre Paulo Ricardo e sua lamentável defesa dos palavrões e da “filosofia” do Olavo de Carvalho"
MONTFORT Associação Cultural
http://www.montfort.org.br/bra/veritas/igreja/pe-paulo-ricardo-palavroes/
Online, 27/04/2024 às 11:39:46h