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Olavo de Carvalho, justificação de adjetivos: Cismático e Herege
PERGUNTA
Link: https://www.montfort.org.br/bra/veritas/igreja/palpiteirokuster/
Creio que esses termos estão sendo repetidos pelos seus seguidores, nas redes sociais. Minha dúvida é: qual é a justificativa formal destes testemunhos?
Existe algum processo, movido por algum católico, pela condenação do Olavo de Carvalho?! Se sim, ta em que pé?!
Digo isso pois não quero pecar em falso testemunho, caso a montfort esteja equivocadamente chamado um não herege e um não cismático destes adjetivos.
Falso testemunho é um pecado mortal.
Cordialmente,
Que Maria Santíssima esteja neste tema intercedendo por nós.
Segue a imagem que vi no site dos srs:
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Atenciosamente,
Rodrigo da Silva Cunha
RESPOSTA
Prezado Rodrigo,
Salve Maria!
Preocupado em não pecar por falso testemunho – o que de si é louvável – você nos escreve no intuito de questionar os adjetivos que, há tempos, atribuímos ao finado herege Olavo de Carvalho.
Nesse sentido, você, caro Rodrigo, indaga se existe algum processo contra o Olavo, ou alguma justificativa para chamá-lo de herege e cismático.
Justificativa existe, evidentemente.
Para sanar sua dúvida e dar-lhe a paz de consciência, recomendo que você leia, na íntegra, dois trabalhos disponíveis na Montfort:
Esses dois artigos demonstram, de modo cabal, que Olavo era herege modernista.
Em breve, publicarei um trabalho sobre o maldito legado do Olavo, demonstrando que ele perseverou nesses erros, não manifestando, ao menos externamente, qualquer mudança de posicionamento.
Quanto ao cisma – materialmente falando – você leu no meu artigo (contra o Bernardo palpiteiro) o desprezo e a falta de respeito do Olavo para com o Papa Francisco? Não é possível que, com tanta preocupação em não cometer injustiças contra o Olavo, você não tenha ficado indignado com as ofensas cismáticas do Guru perenialista contra o Romano Pontífice.
Na sua ótica, Rodrigo, é mais grave atacar o Olavo do que ofender o Papa?
Quanto ao fato de não existir um processo formal contra Olavo, em um tempo ecumênico e de traição, não significa que ele não seja, pelo menos, herege material. Assim, se um católico ensinar – por ignorância – que Cristo não é Deus, pode ser chamado de herege, ao menos materialmente, mesmo na ausência de uma declaração formal da Igreja. É o que ensinaram os teólogos:
“A heresia se divide: a) Em material e formal [...] A primeira é um erro involuntário ou pelo menos sem obstinação; a segunda é um erro voluntário e obstinado de uma pessoa batizada na fé [...] Em caso de dúvida se alguém é um herege material ou formal, ele deve ser considerado um herege material” (Dominicus M. Prümmer, O.P. Manuale Theologiae Morlis Secundum Principia S. Thomae Aquinatis. Tomo I, Caput III. De vitiis fidei oppositis. Art. II).
Portanto, caro Rodrigo, Olavo foi, pelo menos, um herege material, pois, sem sombra de dúvidas, sustentou em seus ensinamentos a heresia modernista.
Nossa Senhora te ajude a enxergar claramente os erros contra a Fé, e a combatê-los destemidamente!
In Corde Maria Regina
Eder Moreira
