Crônicas

A Capela vazia...
Orlando Fedeli

     Casa desolada, mergulhada em tristeza, após enterro. Campo de batalha em que só restam soldados mortos, feridos gemendo, detritos esparramados, e, muitas vezes, desertores em fuga, ou aderindo ao inimigo.

     Essas impressões foram as que tive, ontem, ao voltar à casa que foi do IBP em São Paulo. Foi-me possível retornar a ela, onde minha entrada fora vedada, há meses. Voltei lá, para tratar da mudança de alguns móveis e livros.

     Estava ainda triste pela nova e repentina reviravolta feita por Padre Renato Leite, que sempre se declarou -- e muito enfaticamente -- meu fiel amigo, apoiando-me, e mesmo aconselhando-me no que fazer e como fazer.            

     No "Porkut", ontem, ele fez uma pirueta política para estar bem com os ameaçadores meios eclesiásticos, muito inimigos da Montfort... Agora, atacando publicamente a Montfort, ele se julga um tanto garantido. Pois ele se livrou da companhia comprometedora da Montfort. 

     Saiu da “encrenca”.

     Meteu-se no "Porkut".

     Onde, agora, é aplaudido...

     Ah!  A “glória” no "porkut"!

     O tsunami desencadeado contra a caravela da Montfort o assustou? O fato é que ele se apressou em deixar nosso barco.

     Voltei, então, anteontem, à casa que membros da Montfort alugaram para o IBP.

     Quanta tristeza!
 

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     Quanta alegria, quando Padre Navas entrou nela conosco, pela primeira vez, traçando e determinando os planos para seu bom funcionamento: formar moços para o IBP. Para rezarem a Missa de sempre. Para criticarem o Concílio Vaticano II. E, para isso, ele me ordenou que lhes desse aulas de formação histórica, artística e filosófica, a fim de dar-lhes a vacina – “La vacuna”, dizia Padre Navas --, contra erros modernos que correm no clero, mesmo na Europa.

     Lembro-me até da ocasião e do lugar em que combinamos que a Montfort apoiaria o IBP, com a casa e com as minhas aulas, mas que a Montfort manteria sua independência de atuação. Assim, o IBP não se comprometeria com minhas polêmicas, e a Montfort permaneceria livre de possíveis pressões eclesiásticas.

     O mesmo combinei com Padre Laguérie, aceitando plenamente a determinação dele de que a formação sacerdotal e o espírito do IBP seriam dados, evidentemente, pelos sacerdotes desse Instituto pontifício..

     Mútua independência.

     Quantas esperanças!

     Quanta desilusão!

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     A casa do IBP estava vazia ontem. Nela, não se ouviam mais o canto gregoriano e as orações das Horas litúrgicas.

     Só havia o silêncio.

     O silêncio e os ecos longínquos das risadas dos modernistas, dos sedevacantistas, da ala raivosa da FSSPX, dos liberais, etc – no "Porkut" -- pelo fim do mais pujante meio de propagação da Missa de sempre, no Brasil, resultante do esforço comum, puramente estratégico, da Montfort com o IBP.  

     Os objetivos desse esforço comum – criticar o Concílio Vaticano II e defender a Missa de sempre -  mesmo estando sozinhos, continuaremos a visá-los. E esperamos que também o IBP prossiga nessa luta. Mas, ainda que sós, prosseguiremos no combate, aconteça o que acontecer. E que assim Deus nos ajude!

 

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     Na casa vazia do IBP, só havia o silêncio.

     Só havia o silêncio, e as risadas longínquas do Porkut. As risadas contentes – e até com palavras sujas – comemorando a pirueta política e doutrinária de Padre Renato Leite, que de amigo, bruscamente, se revelou adversário, dando seu “Testemunho” contra a Montfort.

     Ora, nem todo testemunho é verdadeiro...

     Particularmente numa reviravolta doutrinária, que não acontece num só dia.

     As salas vazias da antiga casa do IBP, se falassem, contariam tantas coisas...

     Na casa esvaziada pela rápida retirada de Padre Perrel – no Forum Catholique alguém a classificou como “fuite”-- restavam objetos abandonados, papéis pelo chão e pelos móveis, uma estante com livros de piedade, e, na cozinha, um cozinheiro que ficou desempregado.

     A casa do IBP ficara vazia e abandonada.

     Por que? Por que? Nós perguntamos...

     No quintal, detritos esparsos de casa vazia que não é varrida há tempo. O tablado, que mandamos fazer para cobrir a piscina da casa — especialmente sem cabimento, num local de formação de seminaristas e de oração — estava ainda no seu lugar, pois que para padres e seminaristas não é preciso haver  “Uma válvula de escape”...  Ou de fuga...

     Daí, o tablado: para tapar rotas de fuga.

     Na sala de aula, as carteiras vazias...

     Nessa sala, Padre Renato me convidou inúmeras vezes para dar aulas de História da Igreja, de Gnose, Modernismo, Romantismo, e sobre Arte, em geral. Fez até um horário para elas.

     Aulas alegres, seguidas por um café ao cair da tarde. Nas aulas, Padre Renato era o mais entusiasmado com as explicações do Professor, que ele dizia ser como um pai para ele e para os seminaristas...

     Dizia...

     Hoje, sou acusado por ele de ter agido por vaidade pessoal, e não para servir a Deus e à Santa Igreja. Afirma ele que eu pretendia dominar o IBP por meio de meus alunos, quando fossem padres. Ora, tenho 75 anos para 76, e sou doente. Em breve, estarei morto. Quando meus alunos forem ordenados sacerdotes, muito provavelmente já terei falecido. Ou serei então um velho incapacitado.

     A acusação do Padre Renato é ridícula. Se alguém, no futuro, quisesse utilizar meus alunos, ordenados sacerdotes, teria que ser uma pessoa muito mais jovem do que eu. Talvez com a idade de Padre Renato.     

     Não costumo colher frutos em pomar alheio, como é comum padres colherem na Montfort, antes de amaldiçoarem o seu pomar.

     E pensar que Padre Renato dizia, para quem quisesse ouvir, reclamando dos seminaristas do IBP que não haviam sido meus alunos:

 

Só alunos do Professor e membros da Montfort deveriam ser recebidos, aqui, no IBP”!

 

     E essas palavras estão entre aspas, porque foram dele mesmo.

     Agora...

     Agora, o testemunho dele é diferente.

     Agora, ele envia uma carta dizendo que obteve uma graça, na véspera da festa da Assunção de Nossa Senhora, por deixar a Montfort – “uma encrenca”.

     Respondendo porém ao telefonema de um aluno de amigo meu, que lhe perguntara se haveria Missa, Padre Renato disse que  “Infelizmente, o Bispo de Santo Amaro me chamou de volta à minha antiga paróquia”.

     Chamado episcopal confirmado no Porkut por Padre Thiago Sanxo.

     Para Padre Renato, foi “Infelizmente”, ou foi uma “graça” ele deixar a Montfort?

     Qual o testemunho dele que vale?

     Que aconteceu para ele fugir desse modo?

      A um aluno meu, ele se queixou que houve uma “denúncia” de Padre Perrel à Cúria, e denúncia que o envolvia.

      Denúncia do quê? De que a Montfort é contra o Concílio Vaticano II e contra a Nova Missa? Isso é denunciar que, de dia, o sol ilumina a terra.

      Dizia fogosamente Padre Renato, que jamais ele voltaria a rezar Missa Nova.

      Agora, no "Porkut", ele pede o Missal de Paulo VI...

  

Padre Renato:

Um detalhe:
Como celebro no rito tradicional, dou preferência ao missa de 1962.
Mas assumindo agora uma nova Paróquia creio que também o missal de Paulo VI me será útil.
Deus lhe pague.

15 ago (22 horas atrás)     


Padre Renato:

Caríssimo:
Ave + Maria
Gostaria de me inscrever como candidato para receber o missal em latim.
Se porventura "sobrar", um podem me enviar!
Deus lhe pague. 

 

 

     Como também é ridícula a acusação de que eu, um leigo, queria assumir a autoridade magisterial própria de Bispos. Só por dar aulas a futuros seminaristas para Courtalain. Ora, nos seminários atuais, até mulheres dão aulas. Inúmeros leigos dão aulas em seminários. E mesmo em Courtalain.

     Se ensino doutrina católica no site Montfort, repetindo e explicando o que está no Catecismo e nas encíclicas, cumpro apenas meu direito e meu dever de professor católico leigo. Em todo o mundo, há milhares de leigos que fazem isso. E sempre leigos tiveram esse direito e essa obrigação.

     E faço absoluta questão de obedecer ao Papa e aos Bispos em tudo aquilo que tenho obrigação de obedecer e de acatar.

     Por exemplo, acatei religiosamente a proibição de dar aulas no IBP.

     Que pena!

     Padre Renato dá agora seu testemunho contra mim e contra a Montfort.

     Há testemunhos e testemunhos.

     Se as paredes falassem... Mas elas só têm ouvidos. Raramente elas têm língua. Mas Deus vê.

     Padre Renato coloca frases entre aspas, atribuindo-as ao Padre Laguérie. Por exemplo:  

 

"O vosso dinheiro sim, as vossas idéias não".

 

     Nunca soube que Padre Laguérie tivesse dito tal coisa. De onde Padre Renato tirou essa frase?

     Ele só conversou com Padre Laguérie no Brasil. Naquela época, Padre Renato se mostrava um entusiasta da Montfort. Caso ele tivesse ouvido o Padre Laguerie dizer tal coisa, ele logo me diria. Por que só agora dá testemunho dessa frase que coloca na boca do Superior do IBP?

     Duvido que isso seja verdade.

     Num móvel, uma esquecida Agenda Paroquial registrava os nomes dos Padres, do Diácono e dos seminaristas do IBP, na casa. Eram seis os seminaristas. E seus nomes estavam metodicamente riscados, um a um, na data em que haviam saído do IBP. Somente muito depois vim saber as razões deles. Todos se foram. Um a um. Em silêncio. Todos. Todos riscadinhos na agenda. Nem Padre Perrel contou o porquê dessas saídas E nem os moços me contaram qualquer coisa, quando saíram.

     Mas todos saíram, e nenhum entrou. Das dezenas de nomes de candidatos que indicamos, nenhum veio. Era como se numa classe de colégio todos os alunos fossem reprovados, ou como se todos pedissem transferência. Isso não vem em abono do diretor e do único eclesiástico que os formava.

     Por quê?

     Por quê aquele esvaziamento lento e contínuo?

     Na sala de estar, o vazio.

     Foi nessa sala que meu amigo de décadas, Padre Navas, comunicou aos seminaristas que eles não deviam ter contato com a Montfort, e nem deviam ir assistir mais minhas aulas. E lhes apresentou um novo horário do qual minhas aulas eram excluídas.

     E foi o que motivou uma discussão pública de Padre Renato com Padre Navas, e a consequente saída de Padre Renato do IBP, do qual ele fora nomeado Superior do Brasil pelo próprio Padre Laguérie.

     A discussão foi na entrada da capela, com pessoas de fora ouvindo. Padre Renato, aos gritos, dizia, vermelho de raiva, ao Padre Navas:

 

O senhor me convidou para vir ao IBP, garantindo que havia um casamento perfeito com a Montfort e com o Professor. Se for para ficar contra a Montfort e contra o Professor, eu não fico no IBP. Eu sou fiel a meus amigos até o fim”.

      
     Ao que, gritando também, contestou Padre Navas:  “Usted no es más del IBP”.

     As paredes e várias pessoas ouviram.

     Tentei harmonizá-los, sem êxito.

 

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     Na pequena sacristia, os paramentos sacerdotais, que não serão mais usados nessa casa, jaziam dependurados e enfileirados. Abandonados.

     Por quê?

     Por quê, me perguntava eu.

     A lamparina do Santíssimo estava apagada. Os bancos, de onde se ouviam as preces, o cântico gregoriano, e as Horas litúrgicas, agora estavam mudos.

     E pior que tudo, a porta do sacrário aberta testemunhava que Jesus não estava mais lá.

     Padre Perrel partira bruscamente, esquecendo-se que o bom pastor é aquele que dá vida por suas ovelhas... O bom Pastor é aquele que deixa 99 ovelhas boas, para procurar a ovelha perdida. Bom pastor não é o que foge e abandona as ovelhas. O Santo Cura d’Ars foi mal recebido por seus paroquianos de Ars. Anos depois, ele era o farol do clero e Ars o modelo de paróquia.

     O santo Cura de Ars fugiu duas vezes de sua paróquia, pois se considerava incompetente e indigno. Padre Perrel imitou São João Maria Vianney somente no fugir.

      Não nos motivos.

      A capela estava vazia.

      Nosso Senhor não estava mais lá. Parecia que Ele – como os padres amigos da Montfort – nos havia abandonado. E dizem padres e teólogos do Porkut, que isso aconteceu por causa das pretensões da Montfort de controlar o IBP, e por causa da vaidade do Professor.

 

     De internis, nisi Ecclesia.

 

     Entretanto, Deus escreve direito por linhas tortas. E, na véspera da Assunção de Nossa Senhora, Ela nos deu dois pequenos sinais de consolação.  

     O primeiro nos veio pela boca do ex-cozinheiro do IBP, pessoa simples e sem instrução maior, que nos disse palavras muito sinceras, provando-nos o bem do que aconteceu.

     Até da boca de uma pessoa simples e sem estudo, Deus pode nos dar lição de que o mal que sofremos é para nosso bem. Para evitar mal maior ainda.

     Bendito seja Deus!

     O segundo sinal nos veio por meio de uma imagem de Nossa Senhora das Graças.

     Ao lado do altar da capela, com o sacrário semi-aberto, uma imagem de Nossa Senhora jazia sobre um pequeno móvel, também ela como que esquecida lá, na fuga rápida, e também Ela abandonada, mas permanecendo lá como guarda do Sacrário vazio. Na capela silenciosa e vazia, na semi-obscuridade, Ela, a Rainha do Céu e da Terra, permanecia lá. 

     Conosco.

     Esquecida pelos que partiram. Silenciosa, mas sempre em guarda do Sacrário. Na guarda da Missa.

     Caí em pranto.

     Em pranto amargo, pelo Sacrário vazio.

     Em pranto doce, pelo sinal que Nossa Senhora dava por sua permanência silenciosa e fiel.

     Ela estava lá. Ela não abandonara a capela vazia. Ela ficou lá.

     Com a Montfort.

     E a Montfort permanecerá com Ela, combatendo pelo Sacrário. Lutando pela Santa Igreja. Sempre fiel ao Papa e à verdade católica. Mesmo que todos traírem, mesmo que todos te abandonem, Santa Virgem protetora, nunca, jamais nós cederemos.

     E assim Deus nos ajude.

     Era véspera da festa da Assunção.

     A capela estava vazia...

     Nosso coração cheio de esperança. Cheio de gratidão por Deus que, embora pecadores, nos permite sofrer esse tsunami de ódio que a Montfort está suportando pelo pouco bem que fizemos.

     Alegram-se os inimigos de Deus e da Montfort, por uma capela ter ficado vazia. A alegria com o mal não vem de Deus.

     Bendito seja Deus que nos deu uma capela.

     Bendito seja Deus que no-la tirou.

     Mas não nos tirou Nossa Senhora. Ela está lá.

     Na capela vazia.

 

     São Paulo, na Festa da Assunção de Nossa Senhora ao céu. 15 de Agosto de 2008.

 

     Orlando Fedeli

  


 

Documento do Padre Renato Leite contra a Montfort 

  

Padre Renato

 

OS FATOS 1ª parte

 

 Caros amigos:

 

     Falo aqui como testemunha:

     Temos que reconhecer o mérito de muitos amigos do professor Orlando que por inspiração dele fizeram o quanto puderam para apoiar e estimular o trabalho do IBP no Brasil. A generosidade de alguns foi realmente admirável mas, o discurso de que o apoio dado ao IBP foi em razão de seu combate em favor da Missa Tridentina e da crítica ao Concílio Vaticano II é no mínimo "incompleto" para não dizer "suspeito".

      A casa do IBP situada no bairro do Ipiranga da qual estive à frente por oito meses, foi instituída com uma finalidade específica: "Preparar os alunos do Professor Orlando para ingressarem no seminário do IBP em Courtalain, França". E obviamente, essa preparação estaria prioritariamente a cargo do professor Orlando que com os amigos, "pagavam todas as contas da casa", imaginando ter uma espécie de "direito adquirido" para assim proceder no que dizia respeito à formação dos rapazes.

      Um fato importante a ser recordado é que a casa do IBP aqui estabelecida não foi uma iniciativa do Instituto mas uma "oferta" do professor Orlando conforme um acordo prévio com o Padre Navas do Chile, então superior do Instituto na América Latina e antigo amigo do professor para que a mesma funcionasse como o descrito acima.

      A casa seria um instrumento para o professor Orlando atingir um dos seus mais ousados objetivos: O ter padres sob o seu comando direto. E, para atingí-lo, seria enviado para Courtalain um número cada vez maior de alunos do professor que, ordenados padres, garantiriam a influência e o controle do Instituto do Bom Pastor pelo professor e seus amigos, recordando que o IBP já nasceu Pontifício ou seja "grande" canonicamente falando, com aprovação direta do Papa e portanto "tentador".
01:15 (11 horas atrás)
 

 Padre Renato

 

OS FATOS 2ªparte

       Logo após sua primeira e última visita à casa e em seguida a de dois de seus colaboradores diretos na França, o superior geral do IBP, Padre Laguerie não gostou da ingerência do professor e exigiu que o Padre Navas tomasse as devidas providências estabelecendo como estratégia de ação quanto ao professor, "o homem das idéias estranhas que queria controlar o IBP", o que segue:

     "O vosso dinheiro sim, as vossas idéias não".

      O professor Orlando imediatamente reagiu acusando o Padre Navas de ser o único responsável pela tentativa de afastá-lo da casa, rompendo assim com ele. Não muito tempo depois o professor viaja para a Europa e encontra-se com o Padre Laguerie que não querendo perder o "dividendo político eclesiástico" de ter uma casa do Instituto em São Paulo , ""autoriza"" o professor a dar aulas... Aqui inicia-se o "êxodo" de padres e seminaristas que lá moravam, entre eles eu, que enfim nos demos conta da encrenca na qual havíamos nos metido.
     Após o "acordo", é enviado para assumir a direção da casa o Padre Perrel que tinha a missão de concluir o trabalho não terminado pelo Padre Navas, apesar da suposta autorização dada para as aulas pretendidas pelo professor.
     Mantidas as coisas conforme as ordens do Padre Laguerie, inicia-se uma "guerra fria" entre o Padre Perrel e o professor Orlando assim definida:
      "Já que o professor não pode dar aulas na casa do IBP para o Padre e para os seminaristas, o Padre Perrel não pode dar aulas e formação para os amigos do professor".

01:17 (11 horas atrás)

Padre Renato

 

OS FATOS 3ª parte

 

     Isso explica a linha de pensamento do Padre no sermão da última missa quando afirmou que:

     "Durante esses seis meses no Brasil, tive o sentimento de que para muitos o sacerdote é somente um distribuidor de sacramentos.
     E também:

     "É neste ponto que a atitude de alguns está errada pois limitaram o Padre à capela, impedindo-o de ir mais além na sua paternidade espiritual."
     Numa referência clara à crise envolvendo o grupo de amigos do professor em São José dos Campos, ele e o próprio professor poucos dias antes da última missa.

     Gostaria de terminar esses esclarecimentos recordando a todos que toda essa confusão deve ser "creditada" nas contas das vaidades de duas pessoas:
     Primeiramente na conta do professor Orlando que vive esquecido de que, não importa o que diga ou faça, continua sempre um leigo não tendo autoridade docente na Igreja para submeter sacerdotes e formar seminaristas como pretendia nessa malfadada empreitada junto ao IBP. Tal tarefa está reservada exclusivamente aos bispos membros da Hierarquia da qual ele não faz parte.

     Em segundo lugar na conta do Padre Laguerie Superior Geral do IBP que tem autoridade direta sobre os padres e sobre a formação dos seminaristas e que discordando das idéias do professor "desde sempre", tinha a obrigação moral de deixar isso claro sem "simular" uma autorização que depois se verificou inexistente e que gerou inúmeros transtornos permitindo que o "oportunismo" prevalecesse sobre a franqueza e a sinceridade.

     Lamento tudo isso e rogo a Deus Sua Misericórdia de modo particular para aqueles que defendendo a "Bandeira da Fé Católica" acabam por ter na prática, as mesmas atitudes daqueles que dizem combater.

 

     Nos Sagrados Corações de Jesus e Maria SS.

 

     Padre Renato Leite


    Para citar este texto:
"A Capela vazia..."
MONTFORT Associação Cultural
http://www.montfort.org.br/bra/veritas/cronicas/capela_vazia/
Online, 29/03/2024 às 09:23:19h