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Evangélica sincera, pede ajuda para conhecer o verdadeiro Lutero blasfemador
PERGUNTA
Nome:
Lauriete
Olá padre,
Me chamo Lauriete, soy evangélica, e recentemente tenho me perguntado muitas coisas sobre a igreja na qual conheci jesus como meu Salvador.
Eu estive lendo muito sobre o fundamento das igrejas evangélicas e eu nunca soube de fato como surgiu as igrejas evangélicas, eu se quer sabia qualquer informação de sua fundação.
Me peguei em média de duas a três semanas onde todos os dias, PADRE ABSOLUTAMENTE TODOS OS DIAS, passo o dia e parte da noite fazendo perguntas nas quais não sei responder então corro para a internet e pesquiso algo e encontrei uma resposta do senhor para um de seus congregados a respeito de Lutero.
Eu nunca soube absolutamente nada sobre lutero, estou em busca por conta própria...
Mas uma pergunta super sincera padre, porque o senhor acha que estou tão incomodada nos últimos dias?
De fato sou evangélica desde que nasci, meu pai era pastor hoje já dorme no senhor, fui criada escutando mal de outras religiões inclusive da igreja católica e estudando um pouco sobre, eu descobri que a igreja católica é muito mais do que uma igreja é uma família muito linda.
Eu sinceramente estou pasma com as afirmações de LUTERO sobre a blasfêmia que eu nem consigo repetir aqui nesse texto.
O senhor teria por favor padre alguma fonte onde eu possa ler mais sobre e entender melhor ?? Eu não sei se entendi mas qual seria mesmo o livro que ele escreveu essa blasfêmia?
RESPOSTA
Muito prezada Lauriete Salve Maria Santíssima “A Mãe do Senhor” (S. Lucas I, 43).
Sua missiva causou-nos uma imensa alegria!
Mas, antes de respondê-la – com muito gosto – permita-me esclarecer que não sou sacerdote. A verdade é que sou um simples fiel católico, pai de família e professor de filosofia e catecismo em um colégio de orientação católica. Na medida do possível, procuro, além das aulas presenciais, fazer um certo
apostolado na internet, no intuito de difundir a luz da doutrina católica nesse tempo tão escuro e desiquilibrado.
Ao ler sua carta, tão sincera e com indícios claros de uma inicial conversão, lembrei-me da escritora alemã Gertrud Von le Fort. Essa protestante de berço, filha de pais luteranos, descobriu, em um certo dia, a verdadeira Igreja de Cristo:
“Na Alemanha arrasada do pós-guerra de 1918, num dia que não sabia precisar, ao ler uma revista comprada ao acaso numa estação de trem – Hochland – ‘Terra alta’ -, a poetisa descobriu um horizonte que a abalou: antes, acima e além da piedade cristã que fora a sua desde a infância, havia uma civilização cristã, uma Igreja de Cristo única, que transcendia todas as divisões introduzida pelos homens no seio da cristandade”
Sacudida pelo sopro da misericórdia Divina - que não abandona nenhuma de suas ovelhas - escrevia a luterana Gertrud, já rendida, intelectualmente e espiritualmente, à indestrutível unidade da Igreja Católica:
“Onde os meus pés se recusam a ir comigo, aí eu quero ajoelhar-me”
(Gertrud von le Fort. A última ao Cadafalso: Medo e Esperança. São Paulo: Quadrante, 1998, p.7).
Assim se converteu a luterana Von Le Fort.
A graça Divina alcança os lugares mais improváveis.
E agora ela passa por sua alma, já inebriada de amor pela verdadeira Igreja de Cristo.
A senhora me pergunta: “porque o senhor acha que estou tão incomodada nos últimos dias?”.
Nesta vida – caríssima Lauriete – podemos ser incomodados pela graça de Deus ou pelas tentações do Diabo. Quando estamos no bem, é o demônio quem nos incomoda, querendo nos afastar do caminho da Luz. Mas, quando estamos no erro, é Deus quem nos incomoda, procurando despertar a consciência e produzir a conversão.
Seu incômodo é a “mão” de Deus batendo, querendo abrir, desde já, as portas da sua alma para a luz da Verdade:
“Eis que estou à porta e bato” (Apocalipse III, 20).
Espero e rezo para que Deus continue lhe incomodando, para lhe afastar, definitivamente, do erro protestante, tornando-a, sem demora, uma santa filha da Igreja Católica.
A senhora confessa, humildemente, que nada sabe sobre Lutero e a origem das seitas protestantes. Porém, a partir do nosso insignificante apostolado, descobriu a principal informação sobre as ditas seitas evangélicas: que elas são frutos de um herege soberbo e blasfemador.
Soberbo porque inventou, pela livre interpretação, uma nova doutrina, acusando a Igreja de Cristo de traição ao Evangelho.
Embora seja repugnante, permita-me reproduzir a soberba “evangélica” do Dr. Martinho:
“O papa mesmo é um louco furioso, um falsificador da história, um mentiroso, um blasfemo, um profanador, um tirano do Imperador, dos reis e do universo inteiro, um defraudador, um velhaco, um espoliador dos bens eclesiásticos e seculares (...). Porco, burro, rei dos asnos, cão, rei dos ratos, lobo, urso-lobo, homem-lobo, leão, dragão, crocodilo, larva, besta, etc. Ouve, Papa Paulo, não tens fé nenhuma; nem tu nem teus filhos, [nem] os cardeais, [nem] a família da corte romana respeitais a Deus, porque sois porcos epicuristas, assim como todos os papas, teus predecessores. Se, todavia, me sobra algo de força, volverei a atacar suas bulas e cartas e procurarei pentear as grandes orelhas desse grande burricaço. O Papa é a cabeça da maldita multidão dos piores velhacos da terra: um tenente do demônio, um inimigo de Deus, adversário de Cristo, destruidor das igrejas cristãs, mestre de todas as mentiras, blasfêmias e idolatrias; bandido das igrejas, ladrão das chaves e de todos os bens sagrados e profanos, assassino de reis, instigador de toda a classe de matanças, o maior alcoviteiro entre os alcoviteiros e fomentador de toda a luxúrias” (Lutero apud Pe. Javier Olivera Ravasi. A revolução Luterana: Vida e Obra de um Herege Alemão. Rio de Janeiro: CDB, 2020, p. 53-54).
Essa era a boca cristã do “evangélico” Lutero.
Dessa soberba diabólica – contra a Igreja de Cristo – era inevitável a descida às mais terríveis blasfêmias contra Deus e à Pessoa de Jesus Cristo. Tanto que o Martinho chegou a dizer – dentre as muitas blasfêmias – que o Filho de Deus cometeu adultério.
Conhecendo o verdadeiro Lutero da história – soberbo, mentiroso e blasfemador – fica impossível concebê-lo, segundo a crença “evangélica”, como um enviado de Deus.
Contra isso, advertiu Nosso Senhor: “Não pode a árvore má dar bons frutos” (S. Mateus VII, 17-20)
Que bom fruto poderia vir de um mentiroso, soberbo e blasfemador?
Na conclusão de sua missiva, a senhora solicita os livros que tratam do verdadeiro Lutero, pouco conhecido nos meios “evangélicos”.
Para início de estudo, recomendo que a senhora leia primeiro a excelente obra de Lúcio Navarro (A Legítima Intepretação da Bíblia). Essa obra, além de trazer informações interessantes sobre Lutero, faz uma exposição da doutrina católica, refutando, magistralmente, os erros do protestantismo.
Outra obra similar, e que vale a pena ser estudada, é a do Padre Leonel Franca (A Igreja, a Reforma e a Civilização). Nesse livro, a senhora também
encontrará informações sobre o Lutero histórico, e um rico arsenal contra os erros do protestantismo.
Especificamente sobre Lutero, recomendo a obra do Funck-Brentano, cujo título é (Martim Lutero). Lembrando que esse autor é simpatizante do rebelde Martinho, portanto, insuspeito quando revela toda a sua podridão moral e doutrinária!
Existem outros livros, também específicos, como o do Padre Javier Olivera Ravasi (A Revolução Luterana). Outra, na mesma linha, é a do Monsenhor Patrick O-Hare (Fatos sobre Lutero).
Especificamente sobre as anotações de Lutero, repletas de blasfêmias terríveis, existe o livro que citei em minha resposta (Noções básicas sobre a Teologia de Lutero) do Padre alemão Theobald Beer.
Infelizmente esse precioso livro só existe em alemão.
Em todo caso, essa bibliografia inicial lhe proporcionará uma profunda e verdadeira visão sobre o pai das seitas protestantes!
Espero e rezo para que sua admiração pela Igreja Católica se transforme numa sincera e belíssima conversão.
A graça já lhe incomoda...
Abra a porta, caríssima Lauriete...
Não deixe Cristo esperar!
Não deixe a graça passar...
“Eis que estou à porta e bato”
Abra a porta, Lauriete...
Para que Cristo e a sua Igreja possa Reinar...
Em sua tão humilde e nobre alma, que já é Católica!
Despeço-me, em oração,
In Corde Maria Regina Eder Moreira






