Polêmicas

Efeitos da "colegialidade": Bispo de Limeira - SP reza missa afro, mas proíbe a santa missa em latim
PERGUNTA
Nome:
Alexandre Prado
Enviada em:
12/03/2009
Local:
Taubaté - SP, Brasil
Religião:
Católica
Escolaridade:
Pós-graduação concluída


Muito interessante a idéia expressada pelos bispos alemães e pelos austríacos em casos recentes, então, uma conferência episcopal é superior ao Papa, quiçá, um bispo, seja lá de onde for, também deve ser superior ao Papa, aliás, para que um Papa? Não é melhor que cada bispo seja o senhor de sua própria Diocese, não estando sob jugo de Roma, mas apenas, em tese, reconhecendo que possui a mesma fé de Roma, e seria essa a Nova Igreja Católica, uma Igreja da qual fariam parte aqueles que dizem ter a mesma fé de Roma, mas que a ela não sejam de modo algum submissos? Um tipo de seita protestante, mas, no entanto, católica? (que jeito isso?).
Curioso notar que os cismáticos orientais dizem possuir verdadeiro amor ao Papa, ao qual reconhecem a primazia, porém, não a supremacia na Igreja (embora alguns nem isso, sabemos), dizendo ser ele o primus inter pares, mas que, no entanto, é o que teria a última palavra nas questões sobre a Igreja que envolveriam o que eles chama de pentarquia.
Apesar de ser uma idéia errônea é menos pior do que a que têm esses católicos modernos, dessa nova igreja, para eles, o papa é APENAS o bispo de Roma, nada mais, nem supremacia e nem primazia teria, nada...
Estamos indo bem assim...
RESPOSTA

Muito prezado Alexandre,
Salve Maria.
     
     Você tem toda a razão. A colegialidade preconizada pelo Concílio Vaticano II, na Lumen Gentium, repetindo a doutrina errada de Febronius, condenada por Pio VI, é que produz essa rebelião dos Bispos contra o Papa.
     Os Bispos da Nova Igreja conciliar se julgam papas locais, tendo apenas um laço de “caridade” – mas não de subsmissão -- ao Pontífice Romano. Do Vaticano II nasceu uma igreja nova colegial.
 
     Ainda agora, respondendo a um grupo de católicos que pedia Missa e não foi atendido, o Bispo de Limeira, Dom Vilson, que até Missa com rituais afro aceitou celebrar, publicou uma nota na qual diz:         
 
“No último dia 08 de março, publicou-se no Jornal de Limeira, em sua página 07, em espaço pago, uma carta assinada por “Católicos da Diocese de Limeira”, na qual se explicitou a figura do Papa como Pai espiritual sublime de todas as pessoas católicas e apontou-se para atitudes de desrespeito para com ele, por parte da CNBB, uma vez que “os Bispos parecem desconhecer o que se passa ou então não procuram saber”. Fez-se referência ao fato de que um grupo de pessoas havia pedido ao Bispo Diocesano de Limeira, no ano passado, a celebração da missa “na sua forma tradicional, em latim, conforme disposto pelo Papa no documento “Summorum Pontificum”, apontando para uma suposta falta de atenção e esquecimento por parte do Bispo Diocesano. Justificou-se essa atitude, a emergência do Concílio Vaticano II, visto na carta, como um Concílio não dogmático. Diante do exposto, urge esclarecer algumas questões:
            1 – A Diocese de Limeira é uma Igreja particular, na qual acontece o caráter universal da Igreja de Jesus Cristo, iniciada pelos Apóstolos por inspiração do Espírito Santo. Trata-se de uma Igreja que possui no Bispo, o sucessor dos Apóstolos, membro do colégio episcopal que tem no Papa, o seu ponto de unidade, a sua cabeça. Dessa forma, todos os Bispos são ungidos pelo Espírito Santo, pertencem ao Colégio Episcopal e, por conseqüência, estão unidos ao Papa. Nenhum Bispo age isento de eclesialidade e de comunhão com o sucessor de Pedro” (Dom Vilson Dias de Oliveira, Nota da Diocese de Limeira., A universalidade da Igreja na Igreja particular Sexta-feira, 13 de Março de 2009 - 18:16:30 
 
     Repare, meu caro Alexandre como esse Bispo, se diz unido colegialmente ao Papa, mas omite dizer que a ele está submisso. E ele exige condições para permitir a missa de sempre que o Papa não exigiu no Motu Proprio. Exige que as pessoas que querem a Missa de sempre saibam latim. Mas ele, quando rezou Missa afro, sabia Yoruba?
 
 
 
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Notícia
 
 
 
 
 
Mês da Consciência prossegue com seminário
 
Neste final de semana, o Mês da Consciência Negra promoverá um seminário sobre políticas públicas e ações afirmativas e outros eventos.
 
A principal celebração do Mês da Consciência Negra aconteceu anteontem na Igreja Nossa Senhora da Boa Morte e Assumpção. O bispo diocesano dom Vilson Dias de Oliveira e o padre Valdinei da Paróquia Santa Isabel celebraram uma missa afro e depois foi feita a lavagem da escadaria da Igreja.
 
Os participantes cantaram e dançaram músicas afro e no Largo da Boa Morte foram colocadas barracas de comidas típicas.
Segundo o presidente do Instituto Educacional Ginga (IEG), José Galdino Clemente, o evento deve ter atraído cerca de 250 pessoas.
 
 
“Para o próximo ano queremos a adesão de mais entidades, empresas, comércios e dessa forma transformar essa data em um dia de todos e não apenas em um feriado dos negros”, declarou.
 
 
Para Galdino, as pessoas ainda estão começando a aceitar as comemorações do dia 20 de novembro.
 
 
 
“Não tivemos 100% de adesão neste ano, mas esperamos que no próximo dia 20, toda a população participe das atividades do Mês da Consciência”, ressaltou.
 
SEMINÁRIO
 
O seminário “Políticas Públicas e Ações Afirmativas” começa às 9h no Centro Cultural Flaminio Ferreira (Praça do Museu). A primeira palestra é sobre “O Homem Negro na Atualidade” a partir das 9h15. Às 10h o tema discutido será “Juventude Negra, resistência, desafios uma questão da Atualidade” e às 10h45, acontecerá a palestra sobre “Criança Negra, Na Sociedade Brasileira”. Às 11h15 será a vez da palestra “Políticas de ações Afirmativas - Produto da luta por direitos”. Ao meio dia acontece o almoço e no período da tarde a primeira palestra será sobre “Saúde da População Negra e o Sistema Nacional de Saúde”, a partir das 13h30. Depois acontecem as palestras “Mulher Negra - Quem sou Eu?”, às 14h e “O Dilema Negro no mercado de trabalho”, às 15h. O seminário será encerrado às 16h.
 
OUTROS EVENTOS
 
Hoje também acontece o Baile das Raças com o Grupo Reminiscências às 20h na Paróquia Santa Luzia. Amanhã, às 10h haverá largada da Corrida Dandara e a roda de capoeira e o Projeto Jogando com Fé em frente da Paróquia Santa Luzia e das 11h às 12h30 será feita feijoada na cozinha comunitária da Santa Luzia.
O Mês da Consciência será encerrado no dia 28, às 19h30 com a 2ª edição do Troféu Ébano e apresentação do Auto do padre Maurício no Teatro Vitória.
O evento é organizado pelo Instituto Educacional Ginga (IEG), Decadie, Academia Limeirense de Letras, Comicin, Ilê Dandara, Instituto Odoyá, Capoeira Iuna e as paróquias Santa Isabel, Nossa Senhora de Lurdes e Santa Luzia, além da Pastoral Afro e conta com o apoio das secretarias da Educação e Turismo e Eventos. (SA) 
 
 
 
In Corde Jesu, semper,
Orlando Fedeli