Doutrina

Missa de Páscoa torna-se Missa pelos Sem-Terra
PERGUNTA
Nome:
Saulo M. Filho
Enviada em:
20/04/2006
Local:
Fortaleza - CE, Brasil
Religião:
Católica
Idade:
33 anos

Caríssimos membros da Montfort,

Salve Maria!

Espero que os senhores tenham tido uma boa Páscoa, sem ovos, sem coelhos e COM a graça de Deus.

Quero deixar-lhes cientes de algo que ocorreu na Catedral de Fortaleza no último domingo de Páscoa.

Como bom católico fiz penitência e abstinência de qualquer tipo de carne durante a Quaresma, culminando o sacrifício na Semana Santa. Tive a sensação do dever cumprido e queria receber as bênçãos assistindo à Missa da Páscoa da Ressurreição, no domingo.

Minha primeira surpresa ruim é que a igreja que eu frequento esteve FECHADA no Domingo de Páscoa (não é a primeira vez que ocorre e esta mesma igreja manteve-se FECHADA no Domingo de Ramos, Quinta e Sexta feira Santas, e também no Sábado Santo). Me dirigi à Catedral para assistir às missas durante esse periodo porque esta igreja que fica mais próximo de minha residência depois da igreja que estava FECHADA.

Ao chegar lá no Domingo de Páscoa, às 10:30, em vez de assistir a uma Missa cujo tema central é alegre porque Cristo havia ressuscitado, o que encontro lá é uma missa LEMBRANDO OS 10 ANOS DA MORTE DOS SEM-TERRA EM ELDORADO DO CARAJÁS, NO PARÁ.

Com a conivência do pároco, durante a celebração houve uma espécie de procissão com integrantes do MST, com cada membro carregando cruzes simbolizando os 19 mortos e um monte de bandeiras do MST e cartazes com fotos de 1996 dos Sem-terras mortos já dentro do caixão.

Durante a Homilia, espaço dedicado à explicação da palavra de Deus, que naquele domingo seria de alegria porque Ele havia ressuscitado, o tema principal foi pouco considerado, dando lugar a um DISCURSO DE DEFESA DOS SEM TERRA POR UM PADRE DA ARQUIDIOCESE QUE CUIDA DE UMA "PASTORAL SOCIAL".

Antes da bênção final houve breves discursos de alguns dos Sem-Terra e mais uma vez a encenação dos cartazes dos Sem-Terra nos caixões, com as cruzes contendo o nome de cada um deles.

Resumindo: ficou um clima de velório a Missa que seria dedicada à mais feliz de todas as notícias, a de que Cristo havia ressuscitado.

DETALHE: O dia que marcava os 10 anos do "massacre" dos Sem-Terra não era no domingo, dia 16, e sim na segunda, dia 17/04.

Acho que eles poderiam ter marcado uma missa na Catedral no dia certo dos 10 anos do "massacre", pedindo pelas almas dos mortos naquele dia no pará, mas esses pseudo-moralistas do MST, com a conivência de um padreZINHO mais um párocoZINHO da Diocese de Fortaleza, quiseram chamar a atenção do público, esquecendo o que estava realmente sendo celebrado ali naquele dia importante para os católicos.

É esse o prêmio que eu e mais vários (ou alguns) católicos recebemos dos membros da Diocese depois de 40 dias de sacrifício?

"Primeiro o MST, depois Deus" - foi isso o que eu entendi naquela Homilia proferida por aquele padre que em vez de rezar prefere ficar do lado de grupos com tendências marginais.

Eu aprendi o seguinte na minha vida: quer um pedaço de terra? VAI ESTUDAR E DEPOIS TRABALHAR! Quem tenta por outros meios é bandido.

E mais: baseado nas cenas que foram filmadas no momento do "massacre" no Pará, se eu não estiver enganado, acho que quem começou a briga foram os sem-terra. Os policiais só se defenderam... se eu estivesse num local e a gangue do MST resolvesse me atacar com paus e pedras, não hesitaria em fazer a mesma coisa (LEGÍTIMA DEFESA). Mas com certeza eu seria rotulado de "monstro".

Deus abençoe a todos vcs e parabéns pelo trabaho.

Cordialmente,

Saulo M. Filho.
RESPOSTA

Muito prezado Saulo,
Salve Maria.
 
    Embora com garnde atraso, agradeço seus votos de feliz Páscoa que retibuo com caridade. Para Deus eterno, não há atrasos de tempo, e tenho confiança que lhe dará as graças que lhe desejo de coração.
    O que você me conta sobre a Missa de Páscoa em Fortaleza é inacreditável. 
    Esses padres da Teologia da Libertação não são católicos. Eles são comunistas trabalhando pelo comunismo e não pela salvação das almas.
    Aconselho-o a que mande uma carta de protesto ao Arcebispo de Fortaleza, e, caso ele não faça nada contra esses abusos, escreva diretamente ao Cardeal responsável pela Sagrada Congregação para o Clero, na Santa Sé, que creio ser ainda o cardeal Hoyos ou o Cardeal Rylko.

In Corde Jesu, semper,
Orlando Fedeli