Arte

Ritmos de música inaceitáveis
PERGUNTA
Nome:
Gustavo
Enviada em:
11/07/2005
Local:
Timoteo - MG,
Religião:
Católica
Escolaridade:
Superior em andamento

Muito prezado Orlando Fedeli, boa tarde!

Lendo algumas cartas na Montfort, pude perceber que o Sr, aparentemente, só gosta de música clássica.

Concordo sim que nenhum católico deve ficar ouvindo qualquer coisa, como, por exemplo, rock, axé, lambada, etc. Mas, acredito eu, existem outros ritmos bons, ou, aceitáveis!

Eu, por exemplo, gosto de Blues, um pouco de Jazz, algumas MPB e músicas instrumentais.

Confesso que mal conheço a origem destes ritmos, mas são bem diferentes que os citados mais acima. Não provocam uma certa malícia como a "Lambada".

Como aluno do senhor, mesmo virtualmente, peço um maior esclarecimento a respeito de ritmos, músicas, instrumentos, etc.

Outro tipo de música que gostaria de um esclarecimento, é a Sacra. Principalmente as cantadas, ou feitas, pelos carismáticos.

Tenho vários CDs de carismáticos, desde da época em que participava do movimento.

Visite, se possível, o site www.codimuc.com.br, www.cdcristao.com.br, lá existem vários CDs deste tipo.

Muito obrigado pela atenção.

Da Pacem Domine,
Gustavo

RESPOSTA

Caro Gustavo, salve Maria!
 
            É João Batista que escreve, sou aluno do Professor Orlando, organista e atualmente regente de coral.
 
            Fico muito contente em saber que você é aluno do Professor Orlando, e que você procura educar seus gosto conforme o catolicismo.
 
            O Blues e o Jazz, e todo estilo posterior ao apogeu do  Barroco, que você mencionou em sua carta, também não são estilos de música aceitáveis por um católico. São estilos do século XX, influenciados pelo romantismo que vigorou no século XIX. Saltarei as características da filosofia romântica, procure contudo estudá-las no site da Montfort: (http://www.montfort.org.br/index.php?secao=cadernos&subsecao=religiao&artigo=romantismo_modernismo&lang=bra#2).
 
            Tais estilos utilizam escalas com notas alteradas, bemolizadas ou sustenizadas, o que conferem um tom exótico, confuso, sentimental e por vezes até sensual às composições musicais que deles derivam. É comum também nessas composições o emprego da politonalidade, que faz a música perder a unidade, e também compreensibilidade, deixando os ouvintes confusos, ou pelo menos acostumados com a confusão e à falta de ordem. O mesmo acontece com as composições carismáticas, que visam exacerbar a emoção, querendo estabelecer um pacto não racional com o indivíduo, conduzindo-o por meio dos sentimentos e não da razão. Tais músicas visam desarmar as pessoas, a fim de não raciocinarem a respeito do que ouvem, e aderir sem resistência ao discurso a que estão submetidas.
 
            Espero tê-lo atendido.
 
Salve Maria,
 
João Batista.