Quem apoiaria uma seita de escravos consagrados a um homem que se dizia imortal, o “único fiel”, necessário para a Encarnação de Cristo?
Enviada em: |
11 / 02 / 2015 | |
Nome: |
Claudio de Cicco | |
Profissão: |
Professor | |
Religião: |
Católica | |
Local: |
São Paulo – SP , Brasil | |
Título: |
O Verdadeiro Motivo da ´Gnose-mania´. | |
Mensagem: |
||
|
RESPOSTA
Prezado Professor Claudio de Cicco
Salve Maria!
Eis o senhor de volta. Se o senhor não frequenta a nossa sede, pelo menos, vem ao site. E como nos antigos tempos, de repente, muitos insultos, pouca lógica e nenhuma coerência.
Ouvi dizer que o senhor já se aposentou, mas de qualquer forma creio que o senhor deveria descansar mais e… se os sintomas persistirem consulte um médico.
Na sua primeira carta, o senhor exigia de nós um apoio a Dom Bertrand, em uma mensagem com críticas ao Papa Francisco. Agora ataca o Professor Orlando – parece que seu caso realmente é grave porque o senhor não consegue se lembrar do nome dele – por críticas a João Paulo II e à Nova Missa. Mas ainda depois ironiza nossa alegria com a Encíclica Ecclesia de Eucharistia, que tem uma belíssima defesa da Presença Real de Nosso Senhor na Santa Eucaristia… e o fato de um católico querer ser fotografado ao lado do Papa.
Afinal de contas, pelo que o senhor nos condena? Por criticar ou por apoiar o Papa? Ou por ambas as coisas? Não tenha pressa, relaxe antes de responder, sem dúvida o senhor deve estar precisando.
E para complementar, repete calúnias que foram feitas contra o Professor Orlando no tempo em que ele formou o chamado grupo da Aureliano, onde estava João Clá – o qual, naquela ocasião, só pensava em beijar o pé de Plinio Correa e chamava a Igreja Católica de “Estrutura”.
O Professor Orlando havia feito, junto com seus alunos da sede da Rua Aureliano, um restaurante para o pessoal da TFP, com uma decoração com tema de Marinha e barcos. Plinio, que trabalhava para expandir sua seita secreta, a Sempre-Viva, inventou a calunia – que agora o senhor repete e que o senhor sabe que é mentira – de que havia por trás do restaurante uma sociedade secreta. Jamais houve disso uma única prova, uma única testemunha da calunia espalhada por Plinio.
Por outro lado a Sempre Viva, a seita secreta da TFP, foi admitida pelo próprio Plinio e por muitos de seus membros. E há farta documentação sobre a sua existência e sobre todas as loucuras que envolviam seus rituais.
Mas novamente, sem nenhuma base, o senhor afirma que a inveja do Professor seria o motivo de sua gnose-mania. Mais uma afirmação gratuita. Criticando pessoalmente o Professor, é o senhor quem foge do tema. As visões de Ana Catarina Emmerick, tão admirada por Plinio, são ou não gnósticas? A teoria do conhecimento de Plinio, baseada em Bergson, analisada e descrita em detalhe no livro “A Gnose Burlesca” pelo Professor Orlando, tem ou não tem uma base gnóstica? São essas as perguntas a que o senhor precisa responder antes de afirmar que existe uma mania de gnose – e justificá-la em uma inveja que nunca existiu.
Plinio, na realidade, preferia e sentia saudades dos “olhos redondos e andaluzes” de João Clá simplesmente porque este era um escravo que a tudo obedecia e que não tinha qualquer escrúpulo para atingir seus objetivos. Na TFP se dizia que João Clá corava… quando dizia a verdade.
Mas se o senhor considera João Clá um exemplo a ser seguido, como defende Dom Bertrand e o IPCO? Eles se odeiam! Eles não param de se processar na Justiça. Se pudessem se matariam uns aos outros. O senhor tem de escolher um ou outros… Quem não percebe contradições evidentes tem uma doença. Creio que o senhor conheça o nome.
No final o senhor se vangloria de ter recebido o apoio do Jornal da Tarde, da família Mesquita, grande inimiga da Igreja Católica. Dr Plinio, João Clá, Mesquita. O senhor se dá bem com todos eles. Aparentemente inimigos… mas será? O que eles têm em comum?
Porque o seu grande amigo Lenildo Tabosa disse ao Professor Orlando: “o Mesquita manda avisar que, se for para destruir a TFP, você não terá uma única linha no Estadão”?
O senhor se queixa que não respondi sobre a “Hora Ausente”. E que a citação do IPCO foi só de passagem (bem, foi uma passagem bem longa que até tive de abreviar!). Mas foi o senhor quem não respondeu às observações de minha carta: afinal, a TFP não acabou por desviar a reação católica na questão da Missa Nova e em outras questões fundamentais da religião católica? E a carta de Dom Bertrand, que efeito teve?
E porque não falei da Hora Presente, ou da Hora Ausente? Porque nos dias de hoje ela é Hora Inexistente. Ou seja, ela não tem mais importância alguma. Ao contrário da TFP e da Sempre-Viva, que pareciam estar mortas, mas na realidade estão vivas. Vivas por uma ação secreta e diabólica.
A TFP agora consegue uma carta de apoio do Cardeal Burke citando favoravelmente a Plinio Correa. É muito triste. Quem conhece a turma do IPCO, sabe que a manobra é muito simples: assim como eles conseguiram enganar Dom Mayer por trinta anos, agora também enganam ao Cardeal Burke.
O senhor acha possível que o Cardeal Burke apoiaria uma seita onde as pessoas se consagram como escravos a Doutor Plinio? O qual passava a ter sobre seus escravos os mesmos direitos que o senhor romano tinha, exceto o poder de vida e de morte? Ele elogiaria um homem que se dizia imortal? Que anunciava que fundaria um reino milenarista, onde a reprodução humana se faria pela palavra?
O Cardeal Burke apoiaria um homem que se dizia o maior santo da História? Que se não fosse pela antevisão de sua fidelidade – dele, Plinio – Nosso Senhor Jesus Cristo não teria se encarnado?
Dei-lhe apenas alguns exemplos – publicamos um livro de 600 páginas com as loucuras da TFP! Se o Cardeal Burke conhecesse apenas algumas delas, certamente não elogiaria Plinio Correa. Assim, tenho plena convicção de que a atitude do Cardeal Burke se deve a sua falta de conhecimento.
Infelizmente, o mesmo não se pode dizer daqueles que foram alunos do Professor e que – tendo conhecido todos os problemas da TFP, dos Arautos e do IPCO, tendo concordado com o Professor Orlando e se disposto a ajudá-lo no combate a esta seita gnóstica – agora, atrás do prestigio de algumas curtidas, ocultando-se covardemente atrás de pseudônimos, divulgam a TFP como se de nada soubessem…
Como disse uma grande amiga – de muitas batalhas, de muitas lutas, mais que uma aluna, uma alma profundamente unida ao Professor Orlando – isto não é só trair o Professor, é muito pior, é trair a Igreja!
Que Deus tenha pena destas pessoas, mas o que elas responderão quando Deus lhes perguntar: “Porque vocês enterraram o talento que lhes dei, fingindo não saber nada sobre uma seita secreta?”
E se, porventura, o Cardeal Burke soubesse de tudo o que aconteceu na TFP – coisa em que, repito, eu não acredito – e mesmo assim a apoiasse?
A resposta é muito simples. Se o Cardeal Burke tem o direito e o dever de resistir até ao Papa, se o Papa diz algo contra a doutrina católica, muito mais nós teremos o direito e o dever de resistir ao Cardeal Burke!
Agradeço suas orações, sobretudo se elas são dirigidas para que eu não caia na tentação do orgulho. A humildade é uma virtude que sempre devemos ter, mas difícil de ser conquistada. De minha parte rezarei também pelo senhor, especialmente para que o senhor possa descansar.
Alberto L. Zucchi
- Seção: Cartas
- Assunto: Igreja
- Temas: TFP • Arautos do Evangelho
Publicações relacionadas
Cartas: O espírito que animava Dr. Plínio - Alberto Zucchi
Cartas: Influência da TFP sobre os Arautos do Evangelho - Alberto Zucchi
Para comentar esta publicação
O site Montfort não permite a inclusão de comentarios diretamente em suas publicacões.
Para enviar comentários, sanar dúvidas, obter informações, ou entrar em debate conosco, envie-nos sua carta.
TAGS
Arautos, Plínio Correa, Sempre Viva, TFP