Não há erros no Concílio Vaticano II nem na missa nova
Autor: Orlando Fedeli
- Consulente: Paulo Víctor Andrade
- Localizaçao: Manaus – AM – Brasil
- Escolaridade: 2.o grau concluído
- Profissão: Estudante
- Religião: Católica
Não penseis que vim trazer paz! [...] mas sim a espada! (S. Mateus 10,34)
De fato, escrevo porque quero debater questões da nossa fé católica dignamente como um verdadeiro católico, porém, por justiça, não posso deixar de agradecer imensamente por tantas dúvidas, minhas e de muitos cristãos, ter esclarecido (não há palavra mais adequada, pois realmente trás clareza) este site. Confesso que me diverti grandemente com as respostas, principalmente do professor Orlando Fedeli, contra absurdos protestantes e, às vezes até mesmo católicos. Todos vós tendes minha admiração por tão belo ministério prestado à Santa Igreja. Peço que a sempre Virgem Maria não cesse de interceder por todos vós, conseguindo-vos, em Cristo, muita saúde e vigor para defenderdes a sã doutrina.
Sou catequista desde os 16 anos (aos 14 me crismei e com 15 fui, digamos, um “estagiário” na catequese), e este sítio muito me ajudou em minha vocação. Identifico-me bastante convosco, pois me sinto verdadeiramente um profeta de Deus, não dos que advinham o futuro, mas dos que defendem Cristo e a Igreja. Contudo, 3 questões em particular defendidas pelo site me fazem discordar. Pois bem, vamos debatê-las:
O Concílio Vaticano II. Bem, o Papa Bento XVI, na sua tarefa de apascentar o rebanho do Senhor, já deveria anunciar (denunciar) a toda a Igreja os “erros do Concílio e de Paulo VI”, propondo soluções. Entretanto ele ainda não o fez. Então eu só posso concluir três coisas:
a) Tendo o Santo Padre “poder pleno, supremo, imediato e universal” (Compêndio do Catecismo da Igreja Católica 182) ele ainda não o fez porque não há o que denunciar/rejeitar, portanto não havendo erros, nem no Sagrado Concílio Ecumênico Vaticano II (Sacrosanctum Concilium 1), nem nas atitudes do saudoso Papa Paulo VI.
b) Ele não o fez por receio.
c) Ele não o fez por irresponsabilidade.
A segunda opção e a terceira não fazem sentido para mim, portanto eu creio que seja o primeiro caso. Acredito, sim, que há erros vindos da má interpretação do Concílio. Algumas concessões foram feitas e, a meu ver, elas acabaram sendo mal utilizadas trazendo abusos que feriram e ferem a Igreja. E penso que o fato de não ter sido um Concílio infalível só prova que a Igreja acerta até mesmo quando ela tem chance de errar, pois quando nosso Senhor instituiu o primado de Pedro não lhe impôs condições sobre o ofício de ligar e desligar.
O rito ordinário (para vós, a Missa nova) também não contém erros, pois se fosse o caso o Papa já teria concertado, jamais o sucessor de Pedro seria irresponsável a ponto de deixar a Igreja não oferecendo um culto agradável a Deus. Mas não há como negar os absurdos que vêm acontecendo. Penso que acabar com esses abusos litúrgicos seja obrigação da Santa Igreja, não somente em forma de documentos, como a Redemptionis Sacramentum, mas também nos encontros com o Clero, nos seminários… etc. Não deixo, absolutamente, de dar o valor merecido ao rito extraordinário (Missa de Sempre), ao canto gregoriano… Tenho até um CD virtual Missa de Angelis no meu celular!
E quanto à Renovação Carismática Católica, eu afirmo, com toda humildade, que ela é sim católica! Partindo do mesmo princípio, o Papa já teria se pronunciado. É dispensável, porém, tentar defender alguns erros doutrinários dela. Assim como já houve anti-Papas, e, convenhamos, ainda há anti-Bispos e anti-Padres, também na RCC pode até haver anti-católicos, mas ainda há cristãos que, quando erram, o fazem ingenuamente, inocentemente por falta de conhecimento. Portanto, mais uma vez, penso eu que seja dever da Santa Mãe Igreja educar seus filhos que estão errando. O documento da CNBB também é uma forma de educá-los, porém é necessária a colaboração dos Bispos locais e dos pastores de almas. Se Deus quiser ainda veremos todo o corpo de Cristo em perfeita unidade!!!
Gostaria de pedir-vos que me respondam mostrando onde eu possa estar errado e como poderia eu me corrigir. Desde já agradeço a paciência. Peço perdão se em algum momento fui injusto, de forma alguma foi esse o meu desejo. Mais uma vez congratulo-vos por esta vossa vocação tão iluminada por Deus, peço ao Santo Espírito tornar-me tão digno em minha vocação como o sois vós e a Cristo que vos abençoe da mesma forma como também vos peço que intercedeis por mim em vossas orações, pois passo por um momento, digamos de discernimento vocacional, sinto-me chamado a, quem sabe, servir ao Senhor no culto divino.
A Paz e o Amor de Cristo a todos!
- Seção: Cartas
- Temas: Renovação Carismática • Concílio Vatinano II
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