Missa de Sempre x Missa de Paulo VI
Autor: Marcelo Fedeli
- Consulente: Marco Antonio Sete Inácio
- Idade: 25
- Localizaçao: Varginha – MG – Brasil
- Escolaridade: 2.o grau concluído
- Profissão: Designer Gráfico
- Religião: Católica
A paz de Cristo, amigo da Montfort!
Tenho 25 anos e gostaria muito de, algum dia, assistir a Missa Tridentina.
Que Deus me dê esta graça!
Gostaria que vocês fizessem um paralelo entre a atual Missa e a Missa de sempre, sublinhando suas diferenças e semelhanças.
Um grande abraço de vosso aluno!
Quanto à sua solicitação [“paralelo entre a atual Missa e a Missa de sempre, sublinhando suas diferenças e semelhanças” ] tentarei fazer um pequeno, simples e preliminar resumo comparativo, pois o tema é muito profundo e amplo para ser tratado numa simples carta.
Antes, porém, informo que no site MONTFORT há artigos e cartas sobre a Missa, além do ”Catecismo da Missa” que, embora ainda incompleto, vale a pena ler para começar a entender o profundo significado de “SACRIFÍCIO”, desde o Antigo Testamento.
Por outro lado, em 25 de setembro de 1969, pouco antes do início do Novo Ordo de Paulo VI, o cardeal Alfredo Ottaviani, Prefeito do Santo Ofício (antigo nome da Congregação da Doutrina da Fé, de hoje) e o Cardeal Antonio Bacci enviaram àquele Papa uma carta intitulada “Breve exame crítico do Novus Ordo Missae” em que mostravam ao Papa como a “Nova Missa”, “considerada nos detalhes como no conjunto, representa um impressionante afastamento da teologia católica da Santa Missa”, se aproximando das posições dos protestantes.
Além disso, é bom saber que da Comissão da Liturgia formada por Paulo VI para preparar o NOVO ORDO participaram seis pastores protestantes, tendo um deles declarado, ao final, que não via inconveniente algum para os protestantes assistirem aquela nova Missa. Saliento que o próprio Mons. Bugnini, secretário da Comissão que reformou a Liturgia, confessa que os pastores foram “ouvintes” na reforma, embora ele negue que tivessem tido participação ativa. Se assim foi, o que afinal estariam eles fazendo lá?.. E por que a NOVA MISSA saiu tão protestantizada, como afirmaram os Cardeais Ottaviani e Bacci?
Segundo o Concílio de Trento – Missa de S. Pio V – a MISSA é a renovação incruenta do Sacrifício do Calvário, oferecida a Deus por um sacerdote em nome dos fiéis, e que, ao pronunciar as palavras da Consagração, ‘empresta’ a sua voz a Nosso Senhor (o faz na PESSOA DE CRISTO - “IN PERSONA CHRISTI”). Na realidade, é CRISTO NOSSO SENHOR e öNICO SACEDOTE que celebra a Missa, pois só Ele pode dizer “ISTO É O MEU CORPO…. ISTO É O MEU SANGUE”.
Daí resulta que a Missa de S. Pio V é celebrada sobre um ALTAR (próprio para “SACRIFÍCIO” a Deus), por um sacerdote, voltado para Deus e de costas para o POVO, ou seja, o sacerdote, representando o povo diante de Deus, fala voltado a Deus, dando as costas aos seus representados… não tem cabimento um representante de um grupo qualquer dirigir-se a um superior voltado ao próprio grupo, dando as costas ao superior!…
“A Ceia do Senhor ou Missa é a sagrada sintaxe ou assembléia do povo de Deus que se congrega, presidida pelo sacerdote, para celebrar o memorial do Senhor. Por isso, de maneira toda particular, vale para a reunião local da Santa Igreja a promessa de Cristo: “Onde dois ou três estão congregados em meu nome, ali estou eu no meio deles”.
O aspecto PROPICIATÓRIO da Missa é negado pelos protestantes e o Novo Ordo se omite quanto a este ponto fundamental.
Continuo sempre ao seu dispor rezando para que um dia você tenha a graça de participar da celebração do Santo Sacrifício do Calvário.
- Seção: Cartas
- Assunto: Doutrina Católica
- Temas: Liturgia • Missa Nova • Missa Tridentina
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