Igreja debate: Missa Rock ou Cantos Sacros?
Autor: Marcelo Fedeli
- Consulente: Sandro
- Idade: 22
- Localizaçao: PE – Brasil
- Escolaridade: Superior concluído
- Religião: Católica
Caros amigos da Montfort, vejam só o que foi noticiado:
27/06/2006 18.41.50
IGREJA DEBATE: MISSA ROCK OU CANTOS SACROS?
Cidade do Vaticano, 27 jun (RV) – No último sábado, Bento XVI assistiu a um concerto, na Capela Sistina, oferecido pela fundação italiana “Domenico Bartolucci”. Ao término da apresentação, o Papa tomou a palavra para agradecer ao maestro Domenico Bartolucci e ao Coral da fundação pelo maravilhoso espetáculo.
Em poucas palavras, Bento XVI defendeu sua convicção de que a polifonia sagrada constitui uma herança a ser mantida viva, com zelo, e a ser transmitida, em benefício não apenas dos estudiosos e dos cultores da música, mas de toda a comunidade eclesial. Finalizando, frisou a importância da polifonia sagrada e do canto gregoriano, veículos de evangelização e da mensagem cristã, que oferecem uma preciosa contribuição para a contemplação, a meditação e a oração litúrgica.
As palavras do Papa ecoaram no ambiente eclesial e ressoaram na imprensa: para o Cardeal Ersilio Tonini, Arcebispo emérito de Ravenna, Bento XVI tem razão, porque a missa é o encontro com Deus, e para encontrar Deus é melhor a música sacra do que som de violões e palmas, totalmente inadequado ao ambiente de uma igreja. “O recreio acabou” _ decretou o Cardeal, falando ao jornal de Turim “La Stampa“.
Na entrevista, o Cardeal Tonini destaca que, depois do Concílio Vaticano II, a intenção de tornar a missa mais popular e envolvente era justificada [??? ] : as músicas tocadas com o violão faziam a cerimônia mais criativa, participada e humana. “Mas _ ressalva _ acabou-se exagerando, e agora é legítimo declarar “encerrada” aquela era. Assim, o Papa faz muito bem em querer salvaguardar a essência do rito litúrgico.”
Parecer diametralmente oposto expressa o Cardeal italiano Carlo Furno, ex-Núncio Apostólico no Brasil: “Melhor tambores no altar e missas rock do que igrejas vazias. Cada povo e cada geração entram no rito litúrgico com a própria história e sensibilidade” _ acrescentou, em entrevista ao mesmo jornal, “La Stampa”.
Para o Cardeal Furno, aspectos singulares e não conformes à tradição enriquecem a missa, a liturgia se estrutura e respira de acordo com a linguagem e o estilo popular: “É um modo autêntico de conjugar a expressão do sacro, e acontece em todos os lugares do mundo” _ recorda, defendendo que o fato de uma comunidade expressar aquilo em que acredita nas formas mais próximas à sua sensibilidade é um sinal de vitalidade da fé. (CM)
O Papa tenta reagir as consequencias do Vaticano II, mas os “lobos uivam”, como diria o professor Orlando Fedeli.
Rezemos pelo Papa Bento XVI.
(obs.: os destaques no texto da notícia foram feitos pelo site Montfort)
Veja a divisão no Clero atual desde a alta hierarquia até os fiéis, causados pelo Concílio Vaticano II.
Rezemos para que Bento XVI tenha a coragem de enfrentar os lobos, conforme ele mesmo pediu, especialmente para o retorno o quanto antes possível do Rito Tridentino.
- Seção: Cartas
- Assunto: Doutrina Católica
- Temas: Liturgia • Missa Nova • Missa Tridentina
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