Igreja Chinesa inicia assembléia sem aprovação do Vaticano
PEQUIM, 7 DEZ (ANSA) – A Igreja chinesa inaugurou hoje a sua Assembleia Nacional para eleger os dirigentes da Igreja Patriótica e do Conselho de bispos, órgãos que reconhecem como autoridade máxima o governo de Pequim, e não do Vaticano.
Segundo a agência de missionários católicos Asanews, as autoridades pressionaram os bispos para obrigá-los a participarem da reunião. A Santa Sé solicitou o não envolvimento dos bispos no encontro.
Recentemente, o Vaticano criticou a ordenação “unilateral” de Guo Jincai, de 42 anos, um padre da Igreja Patriótica e bispo da cidade de Chengde, no norte da China. Esta foi a primeira ordenação realizada sem o consenso do papa Bento XVI, depois de quatro anos de colaboração.
O vice-presidente da Igreja Patriótica, Liu Bainian, disse que “é simplesmente a eleição de um novo grupo dirigente”, minimizando a importância da Assembleia.
A agência Asianews informou que Feng Xinmao, bispo de Hengshui, no norte do país, foi tirado a força da sua residência e levado ao local do evento que está sendo realizado em Pequim.
Um outro bispo, Li Lianggui, de Canzhou, escondeu-se para não participar da reunião e está sendo procurado pelas autoridades locais.
A Assembleia, que acontece até a próxima quinta-feira, deverá escolher os sucessores de Fu Tienshan, presidente da Igreja Patriótica morto em 2007, e de Liu Yuanren, presidente do Conselho dos bispos falecido em 2005.
A questão da nomeação dos bispos e o papel da Igreja Patriótica estão no centro das divergências entre o governo chinês e a Igreja Católica, que não possuem relações formais desde 1951, quando o núncio apostólico foi obrigado a abandonar a China e se mudou para Taiwan.(ANSA)
- Seção: Notícias e Atualidades
- Assunto: Igreja
- Tema: Socialismo e Comunismo
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