Igreja Católica pressiona Alckmin a mostrar no debate da Globo que Lula pretende aprovar o aborto no Brasil
A questão do aborto passou batida ontem à noite no debate presidencial da Record. Bispos esperavam que Alckmin tocasse no assunto, justamente na emissora cujos acionistas são Bispos da Igreja Universal do Reino de Deus. O fervoroso católico Geraldo, que é até apontado como membro da ultra-conservadora prelazia papal Opus Dei, negou fogo sobre o tema que
incendiou a campanha para o Senado no Rio de Janeiro, prejudicando a candidata Jandira Feghali, do PC do B.Defensora e relatora do projeto de Descriminalização do aborto na Câmara, a médica pediatra Jandira foi alvo de uma cirúrgica campanha dos católicos. Os fiéis distribuíram, nas paróquias, panfletos contra Jandira. A campanha de mobilização dos católicos contra o aborto também teve destaque na Internet. A deputada comunista bateu de frente com a cúpula da Arquidiocese. Sua coligação tentou censurar o cardeal Dom Eusébio Scheid com uma medida judicial. O preço pago foi a derrota dela ao Senado, em uma eleição em que ela aparecia como franca favorita nas pesquisas.
Marketeiros do PT temiam que o aborto afetasse a campanha do presidente Lula, na reta final da campanha. Mas respiram aliviados, porque Geraldo Alckmin cometeu o pecado político de não tocar no assunto, no debate de ontem. Na antevéspera da eleição, o debate da Globo já será tarde demais para qualquer ação mais agressiva contra o presidente Lula, que já considera sua reeleição como favas contadas.
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- Seção: Notícias e Atualidades
- Assunto: Política e Sociedade
- Temas: Laicismo • Política Brasileira
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