Gestante delata clínica de aborto
A delação feita por uma grávida levou policiais da Delegacia de Homicídios e Desaparecidos a um consultório onde funcionaria uma clínica de aborto, no bairro Independência, em Porto Alegre.
Os agentes cumpriram, na manhã de ontem, mandado de busca e apreensão no local. Seis mulheres foram detidas, e o material apreendido foi encaminhado à perícia.
Na sexta-feira, a mulher foi levada pelo ex-companheiro até a clínica. Preço e procedimento foram acertados. O valor, que seria pago em dinheiro, ficou em R$ 700. O acerto foi feito com a secretária:
— O que mais me irritou é que ela (a secretária) viu que eu não queria fazer o aborto, mas continuou tratando do assunto com ele (o ex-companheiro), como se não fosse meu corpo — contou a mulher.
Grávida de um mês e meio, ela resolveu procurar a delegacia. Ontem pela manhã, na companhia de uma policial que se fez passar por amiga, a mulher retornou à clínica. Questionada pela policial se a gestante sofreria algum corte, a secretária respondeu:
— Não tem corte algum, é sucção.
Quando os policias chegaram, a secretária, outra funcionária e uma paciente estavam no local. Um médico do Departamento Médico Legal acompanhou a operação de busca e apreensão, para verificar os materiais encontrados. Entre os itens estavam uma bomba a vácuo e uma sonda que, combinados, podem ser usados para sucção do feto. No início da tarde, outras três mulheres que procuraram a clínica também foram detidas. O médico responsável não foi localizado.
A entrada do consultório era monitorada por um circuito interno de câmeras.
Foram apreendidos uma agenda com folhas rasgadas, medicamentos, entre eles o Metergim (usado para conter sangramento uterino), bomba a vácuo, sonda, pinça e medidor de profundidade uterina.
O alvará de saúde indica “consultório médico sem procedimentos invasivos”. Não há placa, e o cartão de visitas informa o nome do médico
O delegado Juliano Ferreira pediu a interdição da clínica. As pacientes e as funcionárias serão indiciadas, mas responderão em liberdade. O delegado deve solicitar a prisão do médico responsável.
- Seção: Notícias e Atualidades
- Assunto: Política e Sociedade
- Temas: Laicismo • Política Brasileira • Moral
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