Dispensa de assistir a Missa Nova
Autor: Orlando Fedeli
- Consulente: Carlos Alberto Santos Pinheiro
- Localizaçao: Recife – PE – Brasil
Recife-PE, 22 de janeiro de 2007.
Caríssimo prof. Orlando Fedeli,
Salve Maria.
Meu estimado profesor, venho suplicar-lhe uma luz… Rogo a Maria Santíssima, desde já, que esta seja encaminhada pela Luz do mundo.
Estou eu, há algum tempo, estudando e comparando a Missa Tradicional codificada por São Pio V e a dita Missa nova de Paulo VI.
É sabido que na Missa nova, dentre tantos problemas relevantes, há equívocos que põem em dúvida dogmas como o Santo Sacrifício, presença real, sacerdócio hierárquico, etc. Usando uma linguagem dúbia (propriamente modernista) e confusa; como o senhor bem sabe.
Vejo bem, caríssimo professor, meu raciocínio:
“A fé é principio da salvação humana, o fundamento e raiz de toda a justificação“. Ensina o Concílio de Trento (Denzinger, n. 801).
Na Suma Teológica, São Tomás afirma que “a fé é a primeira das virtudes“. (Summa Theologiae, II-II, q. 4, a. 7) e que “a incredulidade é o maior de todos os pecados na ordem das virtudes morais” (S. Th., II-II, q. 10, a. 3).
Na Enciclopedia Cattolica Têm-se:
“todo zelo pela reforma cristã dos costumes é cego, vão, ruinoso se não aspira constantemente a salvaguardar ou reconstruir a fé, que goza por natureza de prioridade sobre todas as demais virtudes” (Enciclopedia Cattolica, verbete fede).
E mais pofessor:
“a perda da fé é muito amiúde o resultado mais ou menos direto de passos imprudentes e temerários. Por isso o direito [divino] natural veda ao crente que ponha em perigo sua fé. Pois bem, o maior perigo para a fé, e o mais imediato, se funda no contato com o erro oposto” (Enciclopedia Cattolica, verbete fede).
Pois então caro professor Orlando Fedeli, o que fazer diante da Missa nova? Onde há muitos ataques sacrílegos contra a fé do fiel e da Igreja.
Salve Maria.
In Corde Jesu, semper,
Orlando Fedeli
Leia também:
Dispensa de assistir a Missa Nova – II - Orlando Fedeli
Replica
Caríssimo professor Orlando Fedeli,
Salve Maria!
Primeiramente, é um prazer escrever-lhe mais uma carta.
Acho que aquela questão sobre a dispensa de assistir a Missa nova está “dando o que falar”. Creio eu que seja pelo fato de todo católico dever obediência…
Todo católico tem a obrigação e o dever de obedecer a Tradição Sagrada, e ao Papa quando não a contradiz… Portanto, nem nós fiéis, nem o Papa, nem concílio algum pode contradizer a Revelação Divina, contradizer o que já foi definido ou dado como certo por seus predecessores ou o que foi sempre e universalmente crido e ensinado na Igreja.
Tratando especificamente sobre a questão da Missa nova…
Veja que a obediência ao preceito dominical é expresso assim:
“A Missa se deve escutar segundo o rito católico, já latino, já oriental (…). Causas escusatórias são: a impossibilidade física ou moral. Escusam, pois, da observância do preceito (…) o perigo de sofrer um grave dano material ou moral” (Cardeal Roberti, Dizionario di Teologia morale; ed. Studium, verbete santificazione delle feste).
E ainda, novamente:
“Todo motivo medianamente grave escusa da obrigação de ouvir Missa, como o que se daria no caso de que a assistência à Missa provocasse um dano corporal ou espiritual para nós ou para outros” (E. Jone O.F.M., Compendio di Teologia morale, ed. Marietti, 1955, nº 200).
Salve Maria.
Muito obrigado por seus novos subsídios excelentes sobre a dispensa possível da Missa de preceito.
Gostaria de divulgar os documentos que você cita.
In Corde Jesu, semper,
Orlando Fedeli
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Dispensa de assistir a Missa Nova – II - Orlando Fedeli
- Seção: Cartas
- Assunto: Doutrina Católica
- Temas: Liturgia • Missa Nova • Missa Tridentina
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