Direitista francês suicida-se na Catedral Notre Dame de Paris
Fonte: I Online
Um homem suicidou-se esta terça-feira na catedral de Notre-Dame, em Paris. Segundo avança o site de notícias francês Europe 1, trata-se do ensaísta francês Dominique Venner.
Venner tinha 78 anos e era jornalista e autor de vários livros e ensaios. Era actualmente o editor da revista de história “La Nouvelle Revue d’Histoire”, uma publicação bimensal.
O suicídio ocorreu pelas 16h00 locais – mais uma que em Lisboa – em frente ao altar da catedral. Venner suicidou-se com um tiro na cabeça.
Segundo as autoridades francesas avançaram à AFP, Notre-Dame “foi evacuada sem incidentes” mas não referiu o número de pessoas que assistiram ao sucedido. O correspondente da BBC em Paris revela que à hora do suicídio Notre-Dame deveria estar com um elevado número de visitantes, uma vez que comemora o seu 850º aniversário em 2013.
À agência France Presse, o reitor de Notre-Dame, monsenhor Patrick Jacquin, referiu que se trata de um acontecimento “dramático e chocante”.
O site Europe 1, garante ainda que a polícia encontrou uma carta junto ao corpo de Venner. O mesmo site refere que o ensaísta estava ligado ao movimento que nos anos 60 se opôs à independência da Argélia e que era manifestamente contra o casamento homossexual.
Venner dizia serem necessários “novos gestos, espetaculares e simbólicos, para sacudir a sonolência, fazer tremer consciências anestesiadas e despertar a memória das nossas origens”.
O presidente francês François Hollande assinou o diploma que permite o casamento entre pessoas do mesmo sexo a 18 de Maio de 2013. Dominique Venner condenou este acto no seu blogue.
A catedral é um dos monumentos mais emblemáticos da capital francesa e recebe cerca de 14 milhões de visitas por ano.
Os pontos nos ii’s sobre o suicídio de Dominique Venner
O ensaísta francês Dominique Venner entrou hoje na catedral de Notre Dame em Paris e deu um tiro na boca, suicidando-se. Para quem não conhece Dominique Venner e considerou esse acto como sendo heróico e contra a política cultural jacobina, convém dizer o seguinte:
Dominique Venner era de um ateísmo total. Repito: Dominique Venner era um ateu radical e defendia uma espécie de paganismo. Aliás, o seu suicídio dentro de uma catedral com um tão grande valor histórico é um duplo acto de blasfémia: por um lado, o suicídio em si mesmo, que é condenado pelo catecismo da Igreja Católica, e por outro lado a profanação de um lugar sagrado.
O suicídio de Dominique Venner, na catedral de Notre Dame, foi um gesto de revolta contra Deus e desprovido de qualquer consistência humana e/ou histórica. Foi um acto gratuito.
- Seção: Notícias e Atualidades
- Assunto: Política e Sociedade
- Temas: Laicismo • Política Internacional • Moral
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Dominique Venner, Notre Dame, suicídio na catedral