Catequistas modernos: um atentado contra a Fé
Autor: Guilherme Chenta
- Consulente: Nelson Sato
- Localizaçao: São Paulo – SP – Brasil
- Religião: Católica
Primeiramente, gostaria de parabenizá-los pelo excelente trabalho que vocês desenvolvem! Precisamos, neste mundo cada vez mais afastado de Deus, de pessoas que defendam a sã doutrina da Igreja de Cristo.
Minha carta tem um intuito de desabafo. Sou catequista e tive uma formação religiosa extremamente rígida. Confesso que me entristeço ao ver a qualidade dos catequistas modernistas. Contaminados pelo modernismo e pelas idéias ambíguas do Concílio Vaticano II, toleram heresias e são a favor do uso da camisinha e de pílulas. Muitos, infelizmente, não ensinam o CATECISMO, ou seja, a Doutrina da Igreja.
Vejo que as salas de catequese de nossas paróquias estão sob a neblina do protestantismo, que para o mundo moderno, parece ser “mais amena, mais tolerante”. Prega-se um Deus tolerante demais para os pecados, para as heresias, o que a meu ver, incentiva as pessoas a viverem sob o livre-arbítrio, naquela sofisma de “Ah, eu peco, mas Deus me perdoa, porque tenho fé.” Não podemos cair na idéia herege da Sola Fide, ou seja, sou justificado pela fé.
Como cristão-católico que sou acredito (perdoe-me e corrija-me se eu estiver equivocado), que, com certeza, Deus é misericordioso para conosco, DESDE QUE, nos arrependamos de nossos erros. E a meu ver, o arrependimento EXIGE mudanças comportamentais. É como um ladrão que rouba e se diz arrependido, mas ao voltar para sociedade rouba novamente. Onde está o arrependimento deste indivíduo? Atualmente, por causa da contaminação modernista, abusa-se da misericórdia de Deus. É por isso que vemos um mundo cada vez mais herege, afastado de Deus e imoral. Cristo nos disse:
“Nem todo aquele que me diz: Senhor, Senhor, entrará no Reino dos céus, mas sim aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus”. (Mt 7,21)
A nossa fé precisa ser refletida em nossas ATITUDES., senão ela é uma fé morta.
“Assim como o corpo sem a alma é morto, assim também a fé sem obras é morta”. (Tg 2,26)
Dizem ter fé e amar a Deus, mas pouco se importam em guardar e por em prática a doutrina cristã:
“Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é que me ama. E aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu o amarei e manifestar-me-ei a ele”. (Jo 14,21)
“Aquele que diz conhecê-lo e não guarda os seus mandamentos é mentiroso e a verdade não está nele”. (1Jo 2,4)
Nossas ações, boas ou más, refletem-se de algum modo na sociedade como um todo:
“Há de se notar que um indivíduo, vivendo em sociedade, constitui de certo modo uma parte ou um membro desta sociedade. Por isso, aquele que faz algo para o bem ou para o mal de um de seus membros atinge, com isso, a toda a sociedade” (Santo Tomás de Aquino, “Summa Theologiae”, I-II, q. 21, a. 3).
Catequistas modernistas tendem a destruir toda a doutrina que Cristo nos deixou e que é ensinada através da Igreja. Não devemos aceitar a modernização doutrinária. Sobre isto, disse o Papa Pio X:
“Assim, pois, temos o caminho aberto à íntima evolução do dogma. Eis aí um acervo de sofismas, que subvertem e destroem toda a religião! Ousadamente afirmam os modernistas, e isto mesmo se conclui das suas doutrinas, que os dogmas não somente podem, mas positivamente devem evoluir e mudar-se” (Encíclica Pascendi Dominici Gregis, 1907).
Fica aqui o meu desabafo e a minha tristeza diante de toda essa modernização e tolerância para as coisas anticristãs.
Fiquem a vontade para me corrigirem caso eu tenha me equivocado em algum ponto, afinal quero ser um defensor da fé cada vez mais sábio e conhecedor da doutrina católica.
Em Cristo!
- Seção: Cartas
- Assunto: Doutrina Católica
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