História

Desculpas do Vaticano pela Inquisição
PERGUNTA
Nome:
Leonardo
Enviada em:
22/06/2004
Local:
Manaus - AM,
Religião:
Católica
Idade:
27 anos
Escolaridade:
Superior em andamento

Prezado Orlando,Salve Maria

Essa notícia abaixo acabou de sair na internet...

***

Vaticano volta a pedir desculpas pela inquisição

Por Philip Pullella

CIDADE DO VATICANO (Reuters) - Conversas sobre julgamentos, bruxas queimadas e livros proibidos ecoaram no Vaticano na terça-feira, dia em que o papa João Paulo 2o. pediu perdão pela Inquisição, quando a Igreja Católica torturou e matou pessoas consideradas heréticas.

O papa fez seu apelo em uma carta lida durante uma entrevista coletiva convocada para o lançamento de um livro sobre a Inquisição.

João Paulo 2o. repetiu uma frase tirada de um documento de 2000, no qual pela primeira vez o pontífice pediu perdão pelos "erros cometidos a serviço da verdade por meio do uso de métodos que não têm relação com a palavra do Senhor".

A declaração refere-se à tortura, aos julgamentos sumários, às conversões forçadas e às fogueiras nas quais eram queimados os acusados de heresia.

Mas, na carta de terça-feira, o papa foi mais longe, dizendo que o pedido de perdão valia tanto para "os dramas relacionados com a Inquisição quanto para as feridas deixadas na memória (coletiva) depois daquilo".

O papa Gregório 9o. criou a Inquisição em 1233 para combater a heresia, mas autoridades da Igreja Católica logo começaram a contar com autoridades civis para multar, prender, torturar e matar supostos heréticos. As atividades inquisitoriais atingiram um pico no século 16, como resposta à Reforma.

O livro lançado na terça-feira baseia-se nos discursos feitos no simpósio acadêmico patrocinado pelo Vaticano seis anos atrás.

Mas a entrevista coletiva foi além disso.

Um mapa mostrou que a Alemanha registrou o maior número de "bruxos" e "bruxas" mortos por tribunais civis no começo do século 15. Foram cerca de 25 mil pessoas -- a população do território contava então com 16 milhões de pessoas.

Mas, em termos proporcionais, o recorde pertence a Lichtenstein, onde 300 pessoas, ou 10 por cento dos 3.000 habitantes da região, foram mortas por bruxaria.

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Eu pergunto: os dados que estão no final do texto são corretos ?

Fique com Jesus e Maria

RESPOSTA


Prezado Leonardo, salve Maria !

Ainda não tenho em mãos o livro publicado pelo Vaticano, sobre a Inquisição, cujos dados devem ser bem confiáveis e interessantes.

O que não foi muito confiável foi o resumo apresentado por esse tal Pullella.

Abaixo lhe passo outro resumo feito por outra agência de notícias.

A pesquisa agora publicada pelo Vaticano comprovou que houve um imenso exagero nas acusações feitas, durante séculos, contra a Inquisição . Os dados da pesquisa demonstram que o número de condenações à morte foi imensamente menor que o propalado: não chegando a 2% dos processos.

Mais ainda : grande parte das condenações não era executada. Muitas vezes "executava"-se um boneco, e não o próprio sentenciado. Eram execuções simbólicas.

O Papa pediu perdão pelos erros humanos do Tribunal da Inquisição, já que todo Tribunal comete erros, (menos os do século XX herdeiros do Tribunal Revolucionário de Robespierre pelo qual ninguém pede perdão. E por que será ?) Quanto à tortura, ninguém diz que ela era normalmente utilizada por todos os Estados até o século XIX.

E foi só no século XX que a tortura foi proscrita, especialmente nos países comunistas, nos quais jamais houve tortura, visto que, nunca dos nuncas, um comunista pediu perdão por ela.

Ninguém diz também que a Inquisição foi a primeira instituição a considerar a confissão sob tortura como nula.

Como poucos, muito poucos, lembram que grandes santos foram inquisidores, por exemplo, São Pedro Arbués.

Claro que esse pedido de perdão feito pelo Papa será explorado pelos inimigos da Igreja, como se o Papa tivesse admitido a culpa da Igreja, porque só pede perdão quem se sente culpado.

E não se entende como o Papa João Paulo II seja culpado por erros de outros homens, se erro houve.

Repare, na notícia que lhe transcrevo abaixo, como o Cradeal Georges Cottier-- bem modernista e contrário à Inquisição -- reconhece que "Daqui a 50 anos, podemos ser acusados de não ver certas coisas".

Tu o disseste...

Curioso, porém, é que, em contra partida, os que fizeram uma campanha denigratória e caluniosa contra a Inquisição - cujas condenações se revelaram mínimas -- esses inimigos da Igreja, jamais pedem perdão por suas calúnias.

Somando e subtraindo, a Igreja continua com a culpa no Tribunal de...Caifás e de Pilatos.

In Corde Jesu, semper,
Orlando Fedeli.


Do Site do BOL http://noticias.bol.com.br/destaques/2004/06/15/ult94u73742.jhtm


Terça-feira, 15 de junho de 2004 13h19

João Paulo 2º pede desculpas pela Inquisição

da Folha Online

Conversas sobre julgamentos, bruxas queimadas e livros proibidos ecoaram no Vaticano nesta terça-feira, enquanto o papa João Paulo 2º pedia perdão pela Inquisição, quando a Igreja Católica torturou e matou pessoas consideradas heréticas.

O papa fez seu apelo em uma carta lida durante uma entrevista coletiva convocada para o lançamento de um livro sobre a Inquisição.

Ele repetiu uma frase de um documento de 2000, no qual pela primeira vez o papa pediu perdão pelos "erros cometidos a serviço da verdade por meio do uso de métodos que não têm relação com a palavra do Senhor".

A declaração refere-se à tortura, aos julgamentos sumários, às conversões forçadas e às fogueiras nas quais eram queimados os acusados de heresia.

Mas, na carta, o papa foi mais longe, dizendo que o pedido de perdão valia "tanto para os dramas relacionados com a Inquisição quanto para as feridas deixadas na memória [coletiva] depois daquilo".

O papa Gregório 9º criou a Inquisição em 1233 para combater a heresia, mas autoridades da Igreja Católica logo começaram a contar com autoridades civis para multar, prender, torturar e matar supostos heréticos. Ela atingiu um pico no século 16, como resposta à Reforma.

O livro de 800 páginas lançado nesta terça-feira baseia-se nos discursos feitos no simpósio acadêmico patrocinado pelo Vaticano seis anos atrás.

Mas a entrevista coletiva foi além disso.

Um mapa mostrou que a Alemanha registrou o maior número de "bruxos" e "bruxas" mortos por tribunais civis no começo do século 15.

Cerca de 25 mil pessoas da população de 16 milhões foram mortas.

Mas, em termos proporcionais, o recorde pertence a Liechtenstein, onde 300 pessoas, ou 10% dos 3.000 habitantes da região, foram mortas por bruxaria.

O professor Agostino Borromeo, editor do livro, disse que menos pessoas foram realmente mortas pela Inquisição do que geralmente se acredita.

Ele afirmou que apenas cerca de 1,8% das pessoas investigadas pela Inquisição espanhola foram mortas. Manequins foram queimados para representar os julgados à revelia e condenados à morte.

Os heréticos e bruxas que se arrependiam no último minutos eram estrangulados até morrer e depois seus corpos eram queimados. "Era consideradas uma forma menos dolorida de morrer", afirmou.

Uma das vítimas mais conhecidas era o astrônomo italiano Galileu Galilei (1564-1642), condenado por defender que a Terra girava em torno do Sol. Ele foi reabilitado por João Paulo 2º em 1992.

O cardeal Georges Cottier foi questionado por que o Vaticano não condenou papas anteriores que permitiram a Inquisição.

"Quando pedimos perdão, não condenamos. Estamos todos condicionados pela mentalidade de nosso tempo. Daqui a 50 anos, podemos ser acusados de não ver certas coisas", disse.

Com agências internacionais