Brasil

MST: há um limite?
Até quando irá o governo tolerar movimentos de cunho meramente político, defensores da malfadada Reforma-Agrária, como o MST?
Recentemente virou moda invadir prédios públicos e até... ameaçar invadir a fazenda do presidente da República.
Em matéria publicada no dia 13 de setembro em O Estado de São Paulo o tema é novamente tratado. Dessa vez vários políticos (até do PT!) desaprovam a atitude do movimento: "o MST está provocando um confronto que não é aconselhável"; "não se pode quebrar prédios públicos nem invadir a fazenda do presidente"; "é uma questão de autonomia do movimento", segundo José Genoíno.
E por que só a fazenda do Presidente não pode ser invadida?
Na verdade, nenhuma propriedade particular pode ser inavadida.
Por que numa democracia, onde todos teoricamente são iguais, apenas o direito do Presidente é que vale?
Fernando Henrique, em carta a Itamar Franco, diz que o Governador de Minas não cumpriu a lei ao deixar de proteger o patrimônio particular.
Será que a acusação não cabe também contra o Presidente da República, que não protege a propriedade de ninguém?
É necessário dizer que o 5' e o 9' Mandamentos exigem que não se invada nenhuma propriedade. Seja ela do presidente ou não.
O fato é que se está perdendo o controle de um movimento que um dia nasceu pequenino - será que foi em alguma modesta sacristia, ou num gabinete da CNBB? - e que cresceu descontroladamente.
Só a CNBB - que se manifestou através de seu secretário-geral, d. Raimundo Damasceno Assis - não criticou as invasões. Contentou-se apenas em defender a idéia do diálogo com o MST para resolver seus conflitos. Enquanto isso, a chamada Pastoral da Terra insufla as invasões como se não existisse o décimo mandamento: "Não cobiçar as coisas alheias"

    Para citar este texto:
"MST: há um limite?"
MONTFORT Associação Cultural
http://www.montfort.org.br/bra/imprensa/brasil/brasil20000917_1/
Online, 24/04/2024 às 10:10:32h