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Consulente debocha do latim
PERGUNTA
Nome:
Carlos Max Walter Uhle Filho
Enviada em:
29/12/2019
Local:
Brasil

Bom dia!
 
Creio (na) a Igreja, una, santa, católica e apostólica.
Et unam sanctam catholicam et apostólicam Ecclésiam. 
Professo um só batismo
Confíteor unum baptisma
para a remissão dos pecados.
in remissiónem peccatórum. 
E espero a ressurreição dos mortos
Et exspécto resurrectiónem mortuórum. Amén. 
(Ámen, como rezávamos no convento franciscano OFM, quando eu era estudante.)
e vida do mundo que há de vir.
Amém.
 


 
 
sculi (a+é + seleciona +início/fonte/espaçamento de caracteres/espaçamento/condensado/por (escolher nº)
 
 
 
Em vista do que menciona o § 750 do CIC: 
750. Crer que a Igreja é "santa" e "católica", e que é "una" e "apostólica" (como acrescenta o Símbolo Niceno-Constantinopolitano), é inseparável da fé em Deus Pai, Filho e Espírito Santo. No Símbolo dos Apóstolos fazemos profissão de crer a Igreja santa ("Credo... Ecclesiam"), e não na Igreja, para não confundir Deus com as suas obras e para atribuir claramente à bondade de Deus todos os dons que Ele próprio pôs na sua Igreja (123).
Por que na tradução para o português se escreve NA IGREJA?
 
Agradeço uma explicação.
Paz
 
 
 
 
Wuhlef°.
Carlos Max Walter Uhle Filho
 
RESPOSTA

"É necessário que a Igreja utilize uma língua não só universal, mas também imutável. Se, de fato, a verdade da Igreja Católica fosse confiada a algumas ou a muitas das línguas modernas, sujeitas a uma contínua mudança, as quais nenhuma tem maior autoridade e prestígio sobre as outras, resultaria sem dúvida que, devido à sua variedade, não ficaria manifesto para muitos com suficiente precisão e clareza o sentido de tais verdades, nem, por outro lado, se disporia de alguma língua comum e estável, para confrontar o sentido das outras" (Do Papa João XXIII, na sua constituição Veterum Sapientiae, de 22 de fevereiro de1962).

Prezado Carlos, salve Maria!

Como enfatiza a citação acima quando a Verdade Católica fosse confiada às línguas modernas, "não ficaria manifesto para muitos com suficiente precisão e clareza o sentido de tais verdades". O que parece, de fato que o problema identificado por você não está propriamente na tradução mas naquilo que é próprio da imprecisão da língua vernacular, incapaz de transmitir com a mesma precisão do latim as verdades da doutrina católica. Veja que numa nota de rodapé um comentário no próprio catecismo Romano enfatiza essa discrepância com relação à língua vernacular:

"(604) Em português, a discriminação não parece essencial, mas em latim é de rigor: Credo in Deum Patrem - [Credo] sanctam Ecclesiam catholicam".

Veja, em alguns parágrafos anteriores à essa distinção entre "crer a Igreja santa" e não "na Igreja", o próprio catecismo insiste na mesma tradução, exortando os párocos:

"Creio na Santa Igreja Católica [18] Rematando a instrução sobre a Igreja, os párocos devem explicar sob qual aspecto pertence aos artigos de fé a obrigação de crermos na Igreja. Tanto a razão, como os sentidos nos dão a conhecer que na terra existe uma Igreja, isto é, um conjunto de homens que se uniram e consagraram a Cristo Nosso Senhor" (grifos nossos).

Esperando tê-lo respondido, peço que por caridade reze pelo nosso apostolado, sobretudo, pelo crescimento da Missa Tridentina.

 

In báculo Cruce et in virga Virgine,

Francis Mauro Rocha.

 

 

 

 

 

 

De: Carlos Max Walter Uhle Filho <bubiuhle@yahoo.com.br>
Enviado: segunda-feira, 6 de janeiro de 2020 22:29
 
 
Prezado Mauro, agradeço sua resposta. Como esse sítio é de instrução religiosa, penso que a sua tradução do CREIO poderia já está conforme esse pensamento do CIC.
 
Quanto a orar pedindo a Deus para o crescimento da Missa Tridentina, que é aquela que eu conheci em minha juventude, nem pensar. Um padre à frente de seu rebanho, pronunciando em latim uma oração de tamanho porte e seu rebanho ajoelhado rezando o Santo Terço em vernáculo.
 
"Sursum Corda!
Habemus ad Dominum"
 
MUITO MAIS GOSTOSO, dizer 
Corações ao alto!
O nosso coração está em Deus... É nosso dever e nossa salvação dar-Lhe graças....
 
Quando comungar, diga a Jesus : Domine Iesu, amo Te. Desidĕro tecum stare per .... 
 
Esse desejo todo lembra muito certos Homens de Negócios que, para fazer uma pequena palestra para uma plateia restrita, usa vários termos em inglês, só para parecer "bonito", ou alguns advogados (eu sou um) que ao escreverem seu pedido ao Juiz, usam termos latinos, pensando em impressionar o magistrado. Bobagem pura.
 
Diga à Virgem Santíssima: Ave, Maria, gratia plena, Domĭnus  tecum. Benedicta tu in 
mullierĭbus et benedictus fructus ventris tui, Iesus. Diga isso 50 vezes....
 
Não é mais gostoso olhar para a Virgem e dizer-lhe
Alegre-se, Maria, cheia de graça.
O Senhor é consigo, bendita é a Senhora entre as mulheres e bendito é o fruto do seu ventre, Jesus....
 
(Sem querer fazer piada) E para sua esposa, se V.Sa. for casado, faça-lhe uma declaração de amor em latim...
 
 
Saudações em Jesus Cristo, Senhor nosso.
Wuhlef°.

 

Carlos Max Walter Uhle Filho

 

 

 

 

 

 

De: Mauro Rocha <maurohx@yahoo.com.br>
Enviado: quarta-feira, 8 de janeiro de 2020 13:43
 
 
Do Papa Alexandre VII, em 1661, contra o Jansenismo, que substituíra o latim pelo francês na liturgia: "Alguns filhos da perdição, ansiosos por novidades para a perda das almas, chegaram a este cúmulo de audácia, de traduzir o Missal romano para o francês, originalmente escrito em latim, seguindo o costume aprovado pela Igreja há tantos séculos... Assim fazendo, eles tentaram, com temerário esforço, degradar os mais sagrados ritos, rebaixando a majestade que a língua latina os reveste, e expondo de forma vulgar a dignidade dos mistérios divinos" (Yves Daoudal, La liturgie enseignement sacré - Itinéraires, n° 263, mai 82).
 
Prezado Carlos, salve Maria!
 
Com todo o respeito, quanta bobagem você escreve nessa sua missiva! Em que língua você acha que o Santo Padre Pio rezava a sua Missa? E São João Maria Vianey, rezava em latim para impressionar? Santa Madre Igreja Católica Celebrou a Missa durante 1969 anos exclusivamente em latim, para quê, para impressionar? Não, pobre Carlos, pelo zelo pela doutrina de Nosso Senhor, acima de qualquer gostinho pessoal:
"(...) que de modo especial consegue clareza e gravidade"; "Por estes motivos a Santa Sé tem cuidadosamente zelado na conservação e progresso da língua latina e a considera digna de ser utilizada como « magnífica vestimenta da doutrina celeste e das santíssimas leis» (Pio XI, Motu Proprio Litterarum Latinarum, 20/10/1924).
Não importa o mau gosto de ninguém, o que importa é agradar a Deus:
"O latim, não sendo uma língua vulgar, favorece também a mortificação, ou a negação de si mesmo. O latim dificulta que ajamos segundo nossos gostos por meio de improvisações litúrgicas, mudando uma ou outra palavra para agradar às pessoas ou por outro motivo qualquer. Também o fato de não compreendermos perfeitamente o latim é uma espécie de mortificação e de submissão de nossa inteligência a Deus. Muitos têm aversão à liturgia em latim por que não a compreendem. Na verdade, muitas vezes o que existe é uma aversão à mortificação, à negação de si mesmo, a não ter domínio sobre a liturgia" (Sermão para o Décimo Domingo depois de Pentecostes, 28 de julho de 2013 – Padre Daniel Pinheiro https://missatridentinaembrasilia.org/2013/08/05/sermao-sobre-o-uso-do-latim-na-liturgia/)
 
"Como língua sagrada, escolhida pela providência divina, é forçoso dizer que a língua latina agrada mais a Deus do que a língua vulgar e que, agradando mais a Deus, ela é mais eficaz" (vide: Padre Chad Ripperger, sermão Learning prayers in latin).
 
Como havia respondido a você, mantemos, em nosso site, a tradução ensinada pela própria Igreja no seu Catecismo Romano: "Creio na Santa Igreja Católica [18] Rematando a instrução sobre a Igreja, os párocos devem explicar sob qual aspecto pertence aos artigos de fé a obrigação de crermos na Igreja". E que o problema manifestado por você não se relaciona à tradução, necessariamente, mas à imprecisão manifesta da própria língua vernácula, enfatizado pelo próprio Catecismo Romano: "(604) Em português, a discriminação não parece essencial, mas em latim é de rigor: Credo in Deum Patrem - [Credo] sanctam Ecclesiam catholicam".
 
Veja, Carlos, como afirmado pelo Papa Alexandre VII, são os inimigos da Igreja que se contentam com a Missa rezada em vernáculo: "Alguns filhos da perdição, ansiosos por novidades para a perda das almas, chegaram a este cúmulo de audácia, de traduzir o Missal romano" (Yves Daoudal, La liturgie enseignement sacré - Itinéraires, n° 263, mai 82).
 
Se você tivesse um mínimo de bom senso, saberia que muitos termos técnicos do direito se mantêm em latim exatamente por causa da precisão milenar dessa belíssima língua. Tenha mais respeito por essa língua milenar que sempre foi um grande baluarte da Santa Igreja de Cristo:
 
"Em nossos dias, o uso do latim é objeto de controvérsia em muitos lugares e, conseqüentemente, muitos perguntam qual é o pensamento da Sé apostólica sobre este ponto. Por isso nós decidimos tomar medidas oportunas, enunciadas neste solene documento, para que o uso antigo e ininterrupto do latim seja plenamente mantido e restabelecido onde ele quase caiu em desuso" (Papa João XXIII, na sua constituição Veterum Sapientiae, de 22 de fevereiro de1962).
 
Respondendo à sua piada de mau gosto, as mais belas palavras por amor dos homens são pronunciadas todos os dias, em todos os altares do mundo, e pasme, em latim, apesar do seu péssimo gosto, Carlos, são elas:
« Hic est enim Calix Sanguinis mei, novi et æterni testamenti : mysterium fidei : qui pro vobis et pro multis effundetur in remissionem peccatorum. »
Hæc quotiescumque fecérit, in mei memóriam faciétis.
 
In Báculo Cruce et in virga Virgine,

 

Francis Mauro Rocha.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
De: Walter Uhle Filho <bubiuhle@yahoo.com.br <mailto:bubiuhle@yahoo.com.br>

Enviado: sexta-feira, 10 de janeiro de 2020 12:28

 

Então o Divino Espírito Santo cometeu um erro quando inspirou o CV2?

 

A Missa rezada por Pedro em Roma deveria ter sido e continuado pelos séculos a ser rezada em aramaico, se é para manter a Tradição. O latim da Missa foi mantido por causa da Reforma.

 

O CV2 devolveu ao povo de Deus o q era do Povo de Deus. Vocês, saudosistas, têm permissão para usar o latim.

 

Quando vc busca no VATICAN. VA um documento da Santa Igreja, pode encontrá-lo em várias línguas, por que?

 

 

 

 

 

De: Mauro Rocha <maurohx@yahoo.com.br <mailto:maurohx@yahoo.com.br> >

Enviada em: domingo, 12 de janeiro de 2020 00:49

 

“Então o Divino Espírito Santo cometeu um erro quando inspirou o CV2?”, Carlos, essa pergunta é você que tem que me responder. Mostrei a você, com argumentos doutrinários, e com documentos oficiais da Igreja, anteriores ao CVII que a disciplina da Igreja antes era outra, isso durante quase 2.000 anos, teria a Igreja, da época dos grandes doutores e mártires, errado? O Magistério da Igreja errou durante quase 2.000 anos e só agora está certa? Esse Concílio, dada a grande mudança, é realmente obra do Espírito Santo ou dos homens?

 

Você, Carlos, com toda sua “honestidade” intelectual me chama de saudosista, mas eu provei e apenas dei argumentos doutrinários para expor que defendo não uma doutrina dos homens mas do Magistério da Igreja, e, você, o único argumento que consegue dar é “Vocês, saudosistas” ou “devolveu ao povo de Deus o q era do Povo de Deus”, parece até um integrante do MST esbravejando, não, pobre Carlos, a Igreja não é do povo, ainda que seus uivos ululantes não queiram, a Igreja é de Deus Onipotente, do Senhor dos exércitos. Apesar de você querer muito, a Igreja não nasceu para cultuar o povo, mas o homem foi criado para cultuar a Deus, porque a Igreja não é do povo mas de Deus, e o homem faz parte dessa igreja, para cultuar, servir e amar a Deus e não aos homens!

 

O próprio Papa Paulo VI fala dos frutos desse miserável Concílio tão adorado por você, espero que dessa vez você leia e compreenda racionalmente seus erros e não responda apenas irracionalmente, como um apaixonado fanático:

 

“Por alguma brecha a fumaça de Satanás entrou no templo de Deus: existe a dúvida, a incerteza, a problemática, a inquietação, o confronto. Não se tem mais confiança na Igreja; põe-se confiança no primeiro profeta profano que nos vem falar em algum jornal ou em algum movimento social, para recorrer a ele pedindo-lhe se ele tem a fórmula da verdadeira vida. E não advertimos, em vez disso, sermos nós os donos e os mestres [dessa fórmula]. Entrou a dúvida nas nossas consciências, e entrou pelas janelas que deviam em vez disso, serem abertas à luz [...] Também na Igreja reina este estado de incerteza. Acreditava-se que, depois do Concílio, viria um dia de sol para a história da Igreja. Em vez disso, veio um dia de nuvens, de tempestade, de escuridão, de busca, de incerteza. Pregamos o ecumenismo, e nos distanciamos sempre mais dos outros. Procuramos cavar abismos em vez de aterrá-los. Como aconteceu isso? Confiamos-vos um Nosso Pensamento: houve a intervenção de um poder adverso. Seu nome é o Diabo" (Papa Paulo VI. Discurso em 29 de Junho de 1972).

 

Como, você, Carlos, que quer o culto do “povo de Deus”, Paulo VI também queria o culto do homem ao invés do culto devido a Deus (Extratos do discurso de Paulo VI no encerramento do Concílio Vaticano II - 7 de dezembro de 1965, Ed. Fides 1966, p.635-636):

 

"A Igreja, nesses quatro anos, se ocupou muito do homem, do homem tal como ele se apresenta na realidade em nossa época, o homem vivo. O homem todo inteiro ocupado consigo mesmo, o homem que se faz não somente o centro de tudo o que lhe interessa, mas que ousa pretender ser o princípio e a razão última de toda a realidade [...]".

 

" A religião do Deus que se fez homem se encontrou com a religião, porque ela é tal, do homem que se faz Deus".

 

"Uma simpatia imensa invadiu totalmente a Igreja. A descoberta das necessidades humanas – e elas são tão maiores à medida que o filho da terra se torna maior – absorveu a atenção deste Sínodo".

 

"A Igreja quase que se fez serva da humanidade".

"Sabei reconhecer nosso novo humanismo: nós também, nós, mais que quem quer que seja, nós temos o culto do homem".

 

Responda-me então, pobre Carlos: “o Divino Espírito Santo cometeu um erro quando inspirou o CV2?”, ou ainda, os homens que querem ser cultuados no lugar de Deus “cometeram erro ao inspirar o CV2”?

 

In báculo Cruce et in virga Virgine,

Francis Mauro Rocha.

 

 

 

 

De: Carlos Max Walter Uhle Filho <bubiuhle@yahoo.com.br <mailto:bubiuhle@yahoo.com.br

Enviada em: segunda-feira, 20 de janeiro de 2020 18:59

 

Sr. Francis Mauro Rocha, boa tarde.

 

Este "pobre Carlos" que parece "integrante do MST" não vai mais ficar "esbravejando" nem importuná-lo com seus "uivos ululantes" , pois poderia "irracionalmente", "como um apaixonado fanático" ferir ,com "seus erros", sua mente. Peço, apenas, a  São João 23 e a São Paulo 6º, um que iniciou o Concílio Vaticano 2º e o outro que o encerrou, que intercedam por mim, para que eu encontre o caminho do qual me desviei, segundo o seu conceito.

 

Quanto ao seu artigo-resposta, recomendo que o reveja, pois não é muito claro e contém, falhas: de concordância verbal, de pontuação, falta de identificação do autor de cada uma das citações entre aspas etc.

 

Por outro lado, o Sr. não me conhece; o mais certo seria tratar-me por Sr..

 

Se o aceitar, dou-lhe meu abraço.

 

Wuhlef°. 

Carlos Max Walter Uhle Filho

 

 

 

 

 

 

 

De: Mauro Rocha <maurohx@yahoo.com.br>

Enviada em: terça-feira, 21 de janeiro de 2020 14:51

 

“Ah gran Dios, yo bien quisiera

 

Que mi alma antorcha fuera,

 

que otras almas encendiera,

 

´n el amor por tu bandera.

 

Que en mi alma siempre ardiera

 

El amor por tu bandera

 

 

 

Si la Iglesia verdadera,

 

la mi vida me pidiera,

 

yo mil vidas yo las diera

 

por la Iglesia y su bandera.

 

Diez mil vidas yo las diera,

 

por guardar la Fe entera”.

 

(Orlando Fedeli, 27 de Novembro de 2003, em seu artigo: Em uma manhã azul do México, em homegem ao santo mártir cristero Padre Francisco Vera) http://www.montfort.org.br/bra/veritas/religiao/cristeros/ <http://www.montfort.org.br/bra/veritas/religiao/cristeros/>

 

 

Muito prezado senhor Carlos Max Walter Uhle Filho, salve Maria!

 

É com muita alegria que o trato como senhor, quem me conhece bem sabe que nunca, ou pelo menos quase nunca, falto com esse tipo de tratamento devido aos mais velhos. Mas, veja, senhor Carlos, muita preocupação o senhor mostra com a falta de justiça no tratamento devido ao senhor mesmo, mas e o tratamento com relação à doutrina de Cristo o senhor se conforma com um simples “MUITO MAIS GOSTOSO! ”, isso parece justo para o senhor? Preciso mostrar-lhe respeito, dada a sua idade, o que me parece justo, e peço desculpas por não o ter feito antes, mas e o respeito e a reverência devida à doutrina de Cristo?

 

Mas não se preocupe, entendo a sua falta de tato para com a doutrina, pois, infelizmente, pululam em nossa Igreja padres e leigos que ensinam uma falsa doutrina e pessoas, como o senhor, são vítimas desses erros, são mais vítimas do que cúmplices e, muitas vezes, pouco sabem se portar diante da verdade. Também tenho um pai, muito simples que pouco entende de doutrina, rezo todos os dias para que ele se converta e pratique a Verdadeira religião, sei como é difícil para alguns rever muitos de seus princípios.

 

Não se preocupe com os meus erros de português ou falta de precisão nas citações, de fato, eu poderia ter feito muito melhor, espero melhorar, reze por mim, por esse pobre coitado que tenta, ainda que muito precariamente, defender a Verdade inexpugnável de Cristo. Preocupe-se antes de tudo com a doutrina, se ela condiz com tudo aquilo que o Magistério Infalível da Igreja sempre ensinou.

 

Agradeço e retribuo o seu abraço amigo, e desde já conte com a minha amizade e, se não em presença física, conte com minhas orações, insistentes orações, para que o senhor compreenda aquilo que muitos, há muito tempo, tentam esconder do senhor.

 

Queria mesmo “Que mi alma antorcha fuera, que otras almas encendiera, ´n el amor por tu bandera”, mas minha miserável alma, apagada e sofrível não tem, nem de longe, aquela têmpera de um velho professor que um dia converteu tantos, mas ainda sim essa alma apagada e sofrível estará sempre rezando pelo senhor.

 

Se o senhor morar em São Paulo, ou estiver de passagem por aqui, visite a nossa sede e o senhor poderá conhecer almas muito mais ardentes e mais cultas, dispostas, com grande caridade, a lhe ensinar a doutrina verdadeira que sempre foi a mesma ontem, hoje e sempre!

 

In báculo Cruce et in virga Virgine,

Francis Mauro Rocha.

 

 

 

 

De: Carlos Max Walter Uhle Filho <bubiuhle@yahoo.com.br>

Enviada em: quarta-feira, 22 de janeiro de 2020 00:16

 

Senhor Francis Mauro Rocha. Vou me permitir abreviar seu nome para Mauro.

 

1.    Nasci em 9 de outubro de 1937 (comemorei 83 anos de minha gloriosa encarnação no dia 9 de janeiro deste ano) no bairro do Jabaquara, que, naquela época, pertencia ao município de Santo Amaro (o bairro que hoje pertence à zona sul de SP). Meu avós maternos, italianos, já haviam falecido. Minha mãe fora batizada católica, mas meu pai e meus avós (de origem germânica) me levaram à Igreja Luterana da Av. Rio Branco, ao lado do largo do Paissandu, no centro de SP, para ser batizado. Essa igreja que foi incendiada com a queda do edifício que caiu ao seu lado. Era o dia 12 de junho de 1938.

 

2.    Eu cresci e aos 6 anos de idade comecei a freqüentar(sic) o primário na escola São Francisco de Assis, pertinho da minha casa. Era a escola de Da. Maria Amélia Pimentel Feijó, a mãe de um colunista sobre futebol chamado João Otávio Feijó. Nessa escola, havia a aula de catecismo, ministrada por um padre católico (de batina preta). Eu não “podia” freqüentar essas aulas porque era protestante. Ninguêm(sic) perguntou se eu queria participar do catecismo, por isso eu saía da classe e ficava no jardim esperando o tempo passar. No entanto, a professora me pedia para verificar se meus colegas sabiam recitar a profissão de fé. E eu o fazia, porque a sabia de cor.

 

3.    Minha mãe ensinou-me a rezar quatro orações: Pai Nosso, Ave, Maria!, Santo anjo do Senhor e uma pequena oração à Virgem Maria: “com Deus me deito, com Deus me levanto, a Virgem Maria me cubra com seu manto”.

 

4.    Não frequentávamos nenhuma igreja católica porque não havia nenhuma na região, na época. Raras vezes íamos à igreja luterana.

 

5.    Eu brincava com meus amigos vizinhos, japoneses e seguidores de Shinto e Buda. Minha Tia, vizinha, recebia visitas de uma senhora do Exército da Salvação, para quem dava alguma contribuição mensal (?). Eu tinha uma tia espírita, que morava na Penha e poucas vezes nos víamos. Eu conhecia a pé, esse grande bairro que estava ao redor da Cidade Vargas e da Cidade Leonor. Evoluindo na idade, fiz o ginásio no Ginásio Jabaquara, próximo à igreja de São Judas Tadeu.

 

6.    Aos 16/17 anos mudei para a Vila Mariana, ao redor do Arquidiocesano. Aí começaram minhas pergunta a Deus: “Qual é a sua igreja, já que existem tantas ‘religiões’. Em qual igreja o Senhor gosta de ser adorado?”. As coisas que agorea vou relatar não têm seqüência temporal, apenas espiritual.

 

7.    Eu usava o pênis como a maioria dos rapazes da época. Numa caminhada que eu fazia, em determinado dia, eu tive uma “informação”, assim, do nada! “toda vez que havia um lançamento de sementes, havia um prazer. Toda vez que havia um prazer, havia lançamento de sementes. O que eram essas sementes? Evidente: meias sementes de seres humanos. Seres humanos só se formam nos ventres das mulheres; então o pênis só tem essa função, lançar sementes onde possam se desenvolver. Então o prazer deve ser a compensação para quem cumpre o objetivo de criar filhos.

 

8.    Concomitantemente, eu me dirigi à igreja de Nossa Senhora da Saúde (note o epíteto dado à Virgem Santíssima). Um doente em busca de saúde está no templo onde é venerada a Virgem da Saúde. O padre ouviu-me, batizou-me, na dúvida de o primeiro batismo não ter sido válido e ouviu-me em confissão, na dúvida do primeiro batismo ter sido válido. Comecei a freqüentar a Santa Missa aos domingos. Mas a Missa era rezada em latim. Embora eu tivesse estudado latim durante os 4 anos do ginasial (fundamental 2), eu não entendia o que o padre, à frente de sua grei, estava dizendo para Deus Pai. Então comprei um missal bilíngüe(sic) e fui fazendo minha catequese. Eu digo que meu catequista foi o próprio Jesus, através da sua palavra que me era comunicada dominicalmente na minha língua, grafada no missal bilíngue.

 

9.    Eu lia e ouvia muita coisa sobre os santos, então eu queria ser santo também. Punha pedrinha no sapato, dormia no chão, não tomava açúcar durante a semana... Como os santos eu queria ver Jesus. Estava decidido que queria ver Jesus. Então, mais tarde no tempo, eu tive um sonho: Eu morei num sobrado que tinha um hall de entrada e uma escada para o piso superior. Ela ia da direita para a esquerda. No sonho, ia da esquerda para a direita. Eu subi e, no primeiro patamar, na parede, apareceu uma porta estreita, de uns 60 cm largura e metro e meio de altura. Pelo rés da porta, de “dentro”, em direção aos meus olhos, vinham raios de luz em linha reta e largos. Ao tentar abrir a porta, eu estava no piso inferior, ao lado esquerdo e abri a porta estreita. Ao puxá-la, vi Jesus, com um cabelo penteado como rabo de cavalo (diferente dos que eu havia visto em figuras) e com sua mão direita, o polegar tocando o mínimo e os outros dedos em pé, como se fosse me abençoar, e eu disse Seu Nome. Tudo desapareceu. Levei 2 anos para entender o significado do sonho, nem padres puderam me dizer algo. Um quadro exposto numa livraria protestante (Casa da Bíblia), na rua Senador Feijó, Sé, exibia no lado esquerdo o mundo (bar, gente, festa, e no lado esquerdo, um monte, murado com uma porta estreita, um único homem subindo o monte. Dizeres abaixo do quadro. Eu sou a porta estreita. Minha compreensão: Para eu ver Jesus, deveria abrir a porta estreita, que é Ele. Para ver Jesus devo abrir, seguir, Jesus.

 

10.  Entrei para a congregação mariana, depois para a OFM (1962), onde fiz curso intenso de latim, para poder entender os salmos e os livros lidos no breviário e na Santa Missa. Estudava durante o dia os textos do breviário, traduzindo-os para pegar bem o sentido daquilo que eu iria dizer para o Senhor. Em 1969, após o 1º ano de teologia, decidi que meu lugar não era lá. Eu tinha sérios motivos para tomar essa decisão. Casei-me com um mulher maravilhosa, que eu havia pedido para Deus, durante mais de ano e meio. Deus sempre me faz esperar algum tempo para me atender. Salvo quando perco alguma coisa, que ele me deixa encontrar com bastante brevidade. Falar com Deus é gostoso.

 

11.  Eu escrevo bem a língua portuguesa porque aprendi latim e filosofia. Sou um defensor intransigente da língua latina e fiquei decepcionado quando o governo aboliu o latim dos currículos escolares. Bem diferente do que o Senhor pensou, não é?

 

12.  Por outro lado, leio com freqüência os documetnos dos Santos Padres e algumas encíclicas dos papas. Tenho 5 Bíblias Sagradas: Jerusalém, TEB e do Peregrino, em livros. Clerus, e Hábil (protestante), no meu computador e CNBB, no telefone. Leio diariamente o CIC, que me provocou uma inocente pergunta, ao seu sítio, sobre a tradução de uma palavrinha no CREIO.

 

13.  Veja os anexos que lhe envio. Se o Senhor tiver oportunidade de me dar uma chance, entre o youtube/walter uhle filho e veja minhas postagens lá. Tem lá uma postagem cujo nome parece uma coisa, mas é outra e é muito séria.

 

14.  Eu ficarei agradecido se me informar qual o seu conceito para

 

a.    Doutrina de Cristo

b.    Falsa doutrina

c.  Verdade inexpugnável de Cristo, porque a palavra “inexpugnar” não existe.

d.    Magistério infalível da Igreja

e.    Quem é o velho professor que ensinou a muitos. Eu imagino quem seja, mas quero conformação para não julgar errado.

A Virgem Santíssima, Nossa Senhora da Saúde, nos cubra com seu manto e nos cure, física e espiritualmente.

Um abraço

 

Carlos

 

 

 

 

 

De: Mauro Rocha <maurohx@yahoo.com.br

Enviada em: quarta-feira, 22 de janeiro de 2020 17:59

 

  “Há velhos velhos, assim como há velhos jovens.

Como também há jovens velhos, e jovens que não envelhecem, que permanecem jovens na ancianidade.

Estes, então, são velhos que sempre surpreendem, e sempre agradam, porque sabem retirar de suas velhas lembranças, alguma coisa sempre nova.

            Nada é mais jovem que uma velha canção. Diz o refrão antigo, sempre verdadeiro.

Nada é mais velho, enrugado e decrépito do que um jovem rock, inevitavelmente marcado pela decrepitude do primitivismo troglodita.

 (...) Como é agradável rever velhos amigos, que têm a mesma Fé! A mesma Fé dos velhos tempos, de todos os séculos. Sicut erat in principio, et nunc et semper. Como era no princípio, agora e sempre. A mesma Fé que se mantém sempre jovem. A Fé que alegra perenemente a juventude. Mesmo a dos velhos. Permanecendo através dos séculos. E que alegra a juventude das almas” (São Paulo, 25 de Setembro de 2.006 - Orlando Fedeli).

 

Prezado senhor Carlos, salve Maria!

De fato, o senhor tem uma longa história de vida, praticamente o dobro da minha idade, confesso que fico até constrangido por não o ter tratado antes de senhor, espero que aceite minhas sinceras escusas.

Eu também fui seminarista, fiz parte de um instituto francês, o Instituto do Bom Pastor (IBP), este instituto celebra exclusivamente a Missa Tridentina, e, possui em seu estatuto a prerrogativa da Crítica Construtiva do Concílio do vaticano II, e, pasme, tudo isso com aprovação pontifícia do então Papa Bento XVI. Deixei muitos amigos lá, vários deles são padres no Brasil. Tudo o que aprendi sobre a Missa tridentina e sobre teologia e filosofia, devo aos quatro anos que passei no IBP (na França, na cidade de Courtalain https://www.seminairesaintvincent.fr/), e depois descobri que não tinha vocação para o sacerdócio, mas não me arrependo de ter passado esses quatro anos no seminário. Com o que aprendi no IBP posso até mesmo ensinar padres a rezarem a Missa Tridentina, pois que muitos padres acorrem à Montfort sedentos desse rito tão sagrado e tão tradicional da nossa Igreja. Ajudo também na formação dos acólitos da Missa tridentina no apostolado do IBP em São Paulo, mais especificamente na Mooca, veja um pouco do nosso trabalho pelo link: https://www.youtube.com/channel/UCPezVQ91LbytCM-Q9_f1TEQ

O senhor me informa que: “Eu escrevo bem a língua portuguesa porque aprendi latim e filosofia. Sou um defensor intransigente da língua latina e fiquei decepcionado quando o governo aboliu o latim dos currículos escolares. Bem diferente do que o Senhor pensou, não é?”. Bom, espero que o senhor entenda que suas posições dizendo que é “MUITO MAIS GOSTOSO” a língua vernácula do que o latim na liturgia, ou ainda “Esse desejo todo lembra muito (...) alguns advogados (eu sou um) que ao escreverem seu pedido ao Juiz, usam termos latinos, pensando em impressionar o magistrado”, não parecem posições de um conhecedor ou apreciador do latim, por isso, ratifico que tinha razão em minhas críticas, a sua intransigência não parecia tão convicta assim, o senhor não acha?

Quanto aos seus questionamentos, tentei responde-los abaixo:

Doutrina de Cristo: para responder a essa sua pergunta encontrei um texto que talvez seja esclarecedor para o senhor (entendendo como “Doutrina de Cristo” aquele ensinamento é conservado pela tradição católica):

“Do ponto de vista do seu conteúdo, no sentido estrito e autêntico, a Tradição católica é, portanto, constituída do ensino de Nosso Senhor sobre a fé e os costumes, ou seja, a religião e a moral. Tal ensinamento se encontra nos Evangelhos e nos ensinamentos dos Apóstolos, que foi inicialmente oral e logo depois registrado por escrito. Esse ensinamento é constituído de fontes escritas e não escritas (corpus neotestamentário e fontes não escritas) reconhecidas e aceitas pela Igreja, e foi concluído, como sempre considerou a Igreja, com a morte do último Apóstolo. As verdades de origem sobrenatural reveladas nesses ensinamentos constituem desde então o Depósito da Fé, cuja manutenção é dever específico do Soberano Pontífice, dos Bispos e de todos os clérigos (e também dos fiéis, no que é de sua competência).

 

O depósito não pode ser alterado por ensinamentos que lhe são contraditórios ou, ao menos, incompatíveis. Algumas verdades de fé e moral sempre podem ser explicadas com mais clareza, e isso geralmente foi conseguido ao longo de debates teológicos ocorridos no combate contra as heresias. Aprofundamento na clarificação do dogma, mas jamais novidade. Como amiúde se diz, o dogma da fé pode ser anunciado nove (de maneira “nova” quanto aos argumentos utilizados) mas nunca introduzindo nova, novas coisas, novidades no próprio conteúdo do dogma” (Tradição, tradição católica e falsa tradição - Dr Paolo Pasqualucci Professor emérito de Filosofia Universidade de Perugia).

 

Falsa Doutrina: as falsas doutrinas são basicamente aquelas que contradizem a doutrina de Cristo, mas para exemplificar, citarei algumas muito em voga:

 

a)       Igreja é do povo de Deus, a Igreja é de Cristo Nosso Senhor, do Deus Senhor dos exércitos: “36. E porque Cristo ocupa lugar tão sublime, com razão é ele só a reger e governar a Igreja; nova razão para se assemelhar à cabeça. Como a cabeça, para o dizer com as palavras de santo Ambrósio, é "a cidade real" do corpo,(15) e, sendo dotada de maiores qualidades, dirige naturalmente todos os membros, aos quais sobrestar para olhar por eles, (16) assim o divino Redentor empunha o timão e governa toda a república cristã. Uma vez que governar uma sociedade composta de homens não é outra coisa do que com útil providência, meios aptos e retas normas conduzi-los a um fim determinado (17) é fácil de ver que nosso Salvador, modelo e exemplar dos bons pastores (cf. Jo 10,1-18;1Pd 5,115), exercita maravilhosamente todos estes ofícios.

37. Ele na sua vida mortal instruiu-nos com leis, conselhos, avisos, em palavras que não passarão nunca e para os homens de todos os tempos serão Espírito e vida (cf. Jo 6,63). Além disso, deu aos apóstolos e seus sucessores o tríplice poder de ensinar, reger e santificar, poder definido com especiais leis, direitos e deveres, que constituem a lei fundamental de toda a Igreja” (Pio XII, Encíclica “Mystici corporis”, em 29 de junho de 1943).

 

b)      O erro do ecumenismo: “Assim, dizem, é necessário colocar de lado e afastar as controvérsias e as antiquíssimas variedade de sentenças que até hoje impedem a unidade do nome cristão e, quanto às outras doutrinas, elaborar e propor uma certa lei comum de crer, em cuja profissão de fé todos se conheçam e se sintam como irmãos, pois, se as múltiplas igrejas e comunidades forem unidas por um certo pacto, existiria já a condição para que os progressos da impiedade fossem futuramente impedidos de modo sólido e frutuoso.

 

(...) 10. A Igreja Católica não pode participar de semelhantes reuniões

Assim sendo, é manifestamente claro que a Santa Sé, não pode, de modo algum, participar de suas assembléias e que, aos católicos, de nenhum modo é lícito aprovar ou contribuir para estas iniciativas: se o fizerem concederão autoridade a uma falsa religião cristã, sobremaneira alheia à única Igreja de Cristo.

11. A verdade revelada não admite transações

Acaso poderemos tolera – o que seria bastante iníquo - , que a verdade e , em especial a revelada, seja diminuída através de pactuações?

No caso presente, trata-se da verdade revelada que deve ser defendida.

Se Jesus Cristo enviou os Apóstolos a todo o mundo, a todos os povos que deviam ser instruídos na fé evangélica e, para que não errassem em nada, quis que, anteriormente, lhes fosse ensinada toda a verdade pelo Espírito Santo, acaso esta doutrina dos Apóstolos faltou inteiramente ou foi alguma vez perturbada na Igreja em que o próprio Deus está presente como regente e guardião?

Se o nosso Redentor promulgou claramente o seu Evangelho não apenas para os tempos apostólicos, mas também para pertencer às futuras épocas, o objeto da fé pode tornar-se de tal modo obscuro e incerto que hoje seja necessários tolerar opiniões pelo menos contrárias entre si?

Se isto fosse verdade, dever-se-ia igualmente dizer que o Espírito Santo que desceu sobre os Apóstolos, que a perpétua permanência dele na Igreja e também que a própria pregação de Cristo já perderam, desde muitos séculos, toda a eficácia e utilidade: afirmar isto é, sem dúvida, blasfemo” (Papa Pio XI, Sobre a promoção da verdadeira unidade de Religião - Apud Acta Apostolicae Sedis, anno XX, vol. XX, n.1, p.5, 10/01/1928)

 

c)       "Delírio da liberdade de consciência.

"10. Dessa fonte lodosa do indiferentismo promana aquela sentença absurda e errônea, digo melhor disparate, que afirma e defende a liberdade de consciência. Este erro corrupto abre alas, escudado na imoderada liberdade de opiniões que, para confusão das coisas sagradas e civis, se estendo por toda parte, chegando a imprudência de alguém se asseverar que dela resulta grande proveito para a causa da religião. Que morte pior há para a alma, do que a liberdade do erro! dizia Santo Agostinho (Ep. 166). Certamente, roto o freio que mantém os homens nos caminhos da verdade, e inclinando-se precipitadamente ao mal pela natureza corrompida, consideramos já escancarado aquele abismo (Apoc 9,3) do qual, segundo foi dado ver a São João, subia fumaça que entenebrecia o sol e arrojava gafanhotos que devastavam a terra. Daqui provém a efervescência de ânimo, a corrupção da juventude, o desprezo das coisas sagradas e profanas no meio do povo; em uma palavra, a maior e mais poderosa peste da república, porque, segundo a experiência que remonta aos tempos primitivos, as cidade que mais floresceram por sua opulência, extensão e poderio sucumbiram, somente pelo mal da desbragada liberdade de opiniões, liberdade de ensino e ânsia de inovações" (Gregório XVI, encíclica Mirari Vos. O negrito é meu).

 

Verdade inexpugnável de Cristo, porque a palavra “inexpugnar” não existe:

Significado de Inexpugnável

Adjetivo

Invencível; que não se pode vencer ou conquistar através da força.

[Figurado] Que não se pode vencer com razões, promessas ou ameaças: a virtude é inexpugnável.

Inconquistável; diz-se de cidades ou posições que não podem ser invadidas ou tomadas: fortaleza inexpugnável.Corajoso; característica de destemido; qualidade de quem não tem medo.

Etimologia (origem da palavra inexpugnável). Do latim inexpugnabilis.e.

 

Magistério infalível da Igreja: “O Magistério infalível extraordinário se verifica quando estão presentes as quatro condições dadas pelo Concílio Vaticano I: (i) que o papa (ou o Concílio)[34] ensine enquanto autoridade universal da igreja, (ii) utilizando a plenitude de sua autoridade apostólica, (iii) que a vontade de definir seja manifesta[35] e (iv) que a matéria seja relativa à fé ou à moral.[36] Se uma dessas quatro condições está ausente não haverá um ato infalível do Magistério. É preciso notar, antes de tudo, que a vontade de definir (voluntas definiendi) é indispensável. O Papa ou o Papa com os Bispos reunidos em Concílio são seres dotados de inteligência e vontade. É preciso, então, que eles queiram definir uma doutrina e que manifestem essa vontade para que um ato seja infalível.[37] Assim, um Concílio Ecumênico não é necessariamente infalível[38], pois essa voluntas definiendi pode estar ausente e essa voluntas pode até mesmo estar manifesta e explicitamente ausente, como foi o caso do Concílio Vaticano II (fonte: https://scutumfidei.org/2013/01/07/assentimento-ao-magisterio-ii/ )

 

Quem é o velho professor que ensinou a muitos. Eu imagino quem seja, mas quero conformação para não julgar errado.

Trata-se do professor Orlando Fedeli, responsável pela minha conversão e de muitos amigos, segue um pequeno texto que explica um pouco o que ele significa para nós:

“Serei amado, amanhã !... Amanhã, quando já tiver morrido... Amanhã, quando minha vida tiver passado como um sopro... Amanhã, quando estiver, se Deus quiser, por sua infinita misericórdia, no purgatório, amanhã, um aluno ainda se lembrará do velho Professor, e sua lembrança grata será uma oração a favor de minha pobre alma”.

Amanhã, as muitas centenas de jovens que minhas aulas levaram para Deus, amanhã as muitas centenas -- foram centenas? Ou foram milhares? Não sei. Deus as contou. -- as muitas centenas de jovens que comigo cantaram as canções que compus para inflamá-los de entusiasmo por Deus e pela Igreja, amanhã os ecos dessas vozes, o eco dessas canções, espero, serão um apelo para que Deus tenha misericórdia de minha alma”.

Amado, amanhã, na lembrança dos jovens que me acompanhavam ao cantar meus cantos. Amado, amanhã, pelos jovens a quem ensinei a verdade, a esgrimir com ela como uma espada, e a ter o desejo ardente de viver e de morrer por ela. Amado, amanhã... -- espero Ah! Quanto o espero! - amado, amanhã, na eternidade, por Nosso Senhor” (Orlando Fedeli Domingo, 2 de novembro de 2003).

“A Ele suplico, pois, por meio de Nossa Senhora, a quem dediquei todo meu apostolado, que tenha pena de mim pecador, e que por sua infinita misericórdia repare na messe de almas, no trigal dourado que fiz ondular ao vento de Deus. Que pelo trigal que plantei com minhas mãos sujas, grosseiras e brutas, conceda que se faça um pão. Conceda que se faça um sacerdote, que dizendo a um pão: "Hoc enim est Corpus meum” faça a transubstanciação. Pois eu também tenho “filhos” que espero ver subir ao altar de Deus”.

O professor Orlando Fedeli não teve filhos de sangue, quando ele fala de filhos está se referindo àqueles que se converteram com a ajuda do apostolado dele. Segue, abaixo o link de um vídeo nosso cantando as canções feitas pelo professor:

https://www.youtube.com/watch?v=9e2PtUKeQhM

 

Para ajudá-lo na compreensão da crise que vivemos na Igreja, aconselho a leitura do livro abaixo, com as reservas apresentadas pelo Professor Orlando Fedeli:

 

Livro: Iota Unum (Romano Amerio)

 

 

 

 

Caixa de Texto:

 

Iota Unum (Romano Amerio)

Versión: Descargar 223 Tamaño del archivo 3.50 MB File Count 1 Fecha de Creación 30/12/2015 Last Updated ES 30/1...

 

 

 

“ O volumoso, denso e profundo livro Iota Unum - o título alude à frase do Nosso Senhor "nem um jota da lei será tirado" (Cfr. Mt. 5,18) de Romano Amerio (Ricardo Ricciardo Ed., Milano, 1985) será certamente considerado um marco na historiografia religiosa de nosso tempo. A obra é um estudo completo da situação da Igreja no século do Concílio Vaticano II.

 

Consideramos de grande valor sua análise das variações sofridas pela Igreja sob o influxo do Concílio, embora não aceitemos algumas de suas concepções. Por exemplo, discordamos absolutamente da afirmação de que é aceitável um "socialismo cristão" (p. 237). Pio XI na Quadragésimo Anno ensinou que catolicismo e socialismo são termos contraditórios e que é impossível conciliar a doutrina católica até mesmo com um socialismo mitigado.

 

Entretanto, o autor faz uma análise muito séria das mudanças da Igreja, fundando-se em documentos e manifestações de membros da Hierarquia. O resultado é impressionante.

 

A obra mostra como o que foi preconizado por certos pensadores e teólogos - como Teilhard de Chardin - isto é, a gênese de uma nova Igreja, foi realizado pelo Concílio Vaticano II e, especialmente, pelo pós-Concílio.