Doutrina

Abusos na Arquidiocese de Goiânia
PERGUNTA
Nome:
Lucas Alves Patriota de Araújo
Enviada em:
17/09/2008
Local:
Goiânia - GO, Brasil
Religião:
Católica
Escolaridade:
2.o grau concluído
Profissão:
Agente de Atendimento



Paz e bem!

Caríssimo irmão em cristo, estou lhe escrevendo para relatar um acontecimento um tanto revoltante para quem assim como eu entende e aprecia a liturgia. Na Arquidiocese de Goiânia-GO nas Missas na minha Paróquia quem dispõe o altar para o Padre são os ministros da Eucaristia e da mesma forma após a comunhão são os mesmos quem retiram e purificam os vasos sagrados enquanto o Padre se senta. A comunhão é entregue na mão ou em forma de pinça. O Padre convida a assembléia a rezarem com uma parte da oração Eucarística além de modificar várias frases.
Eu particularmente fico triste em ver que a liturgia esteja sendo tão banalizada e depredada depois do surgimento da tal teologia da libertação e companhia limitada.

RESPOSTA


Muito prezado  Lucas,
Salve Maria.

    O que você conta que se faz nas missas em sua paróquia é compleamente contra o que deve ser a Missa.
    Com a Nova Missa de Paulo VI -- e com o Concílio Vaticano II --, houve uma clericalização dos leigos e uma laicização dos padres. Exatamente como queria Lutero, e como quer o protestantismo. Esses ”ministros da Eucaristia” se arrogam direitos que não têm. E o Padre renuncia ao seu dever sacerdotal, porque quer se fazer de leigo. Por isso, é de espantar que poucas sejam as vocações sacerdotais?
     Por isso, é de espantar que padres, hoje, se vistam como leigos — e esportivamente --, para não dizer grosseiramente?
     Foi a Nova Missa quem causou a agonia da Liturgia. Com razão escreveu o Cardeal Ratzinger, hoje, o Papa Bento XVI, que considerava a Nova Liturgia como, em grande parte, a causadora da crise da Igreja, pois que ela consistiu numa ruptura com a Litrugia da Igreja.
     Eis o texto do então Cardeal Ratzinger no qual ele diz isso:

Estou convencido que a crise eclesial em que nos encontramos hoje depende em grande parte do desmoronamento da liturgia, que por vezes vem concebida diretamente como se Deus não existisse – “etsi Deus non daretur” – como se nela não mais importasse se Deus existe, se nos fala e se nos ouve. Mas, se na Liturgia não aparece mais a comnhão da fé, a unidade universal da Igreja e de sua história, o mistério de Cristo vivo, onde a Igreja aparece ainda na sua substância espiritual?” (Joseph Ratzinger, A Minha Vida, p. 115, apud Antonio Socci, Il Quarto Segretto di Fatima, Rizzoli, Milano , 2006, p. 212).  

     E que houve uma ruptura na liturgia da Igreja, o cardeal Ratzinger o afrmou nesse outro texto que lhe cito agora:

Fiquei estarrecido pela proibição do Missal antigo, pelo fato de que uma coisa como essa jamais se verificara na história da Liturgia.(...) A promulgação da proibição do Missal que se tinha desenvolvido no curso dos séculos, desde o tempo dos sacramentais da Antiga Igreja, comportou uma ruptura na história da Liturgia”  (Joseph Ratzinger, A Minha Vida, p. 115, apud Antonio Socci, Il Quarto Segretto di Fatima, Rizzoli, Milano, 2006, p. 212, nota 361) 

     Não foi a Montfort quem disse isso. Foi o Cardeal Josph Ratzinger, hoje, o Papa Bento XVI. Ele é quem declarou que a Nova Missa rompeu com a litrugia da Igreja.
     O que acontece em sua paróquia, em Goiânia, acontece em milhares de igrejas no mundo todo. A crise é universal. Só os padres moderninhos não querem compreender isso. E enquanto o Papa Bento XVI não conseguir extirpar esses abusos, restaurando a Missa de sempre, a crise da Igreja e a do Clero continuará com a perda de milhões de almas.
     Rezemos pelo Papa.

In Corde Jesu, semper,
Orlando Fedeli

 


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