Doutrina

Redenção dos santos do Antigo Testamento
PERGUNTA
Nome:
Antônio
Enviada em:
12/02/2003
Local:
Blumenau - SC,
Religião:
Católica
Idade:
31 anos
Escolaridade:
Superior concluído

Li a resposta a um internauta a respeito da existência do inferno e fiquei com uma dúvida ainda maior. Dizia que aqueles que morrem contrários à Deus, permanecerão eternamente desta forma no inferno. Pelo sangue de Jesus todos terão a redenção eterna e esta redenção se estenderia desde o primeiro homem, isto é, Adão. Se ao morrer não temos um segunda chance, que chance terão de redenção aqueles que morreram antes da ressureição de Jesus. Agradecido
RESPOSTA
Prezado Antonio, salve Maria!

A redenção de Cristo é objetivamente universal.

Que quer dizer isso?

Quer dizer que os merecimentos de Cristo, sendo infinitos, podem salvar todos os homens.

Entretanto, a redenção subjetivamente, depende de cada um -- (cada sujeito) -- aceitar ou não que os méritos de Cristo se apliquem a sua alma. Se alguém recusa o batismo, ou se recusa a revelação feita por Cristo, se recusa a Igreja que Ele estabeleceu, que é a Igreja Católica Apostólica Romana, governada pelo Papa sucessor de São Pedro, então a pessoa não pode se salvar. Portanto, os méritos infinitos de Cristo podem deixar de ser aplicados a alguém, porque esse sujeito recusa aceitar a Cristo e o que Ele fez. Daí se falar em redenção subjetiva.

Os que viveram antes de Cristo, podiam se salvar, sim, tendo em vista os futuros méritos de Cristo, já que para Deus o tempo não existe. Foi assim que os santos do Antigo testamento se salvaram em previsão dos méritos de Cristo.

Quando.se diz, no Credo, que Jesus Cristo, após a sua morte, "desceu aos infernos", entende-se que Ele desceu ao Limbo, para libertar os santos do Antigo Testamento, como Adão, Abel, Noé, Abraão, Moisés, Davi, e tantos outros, que embora santos, não podiam entrar no céu , pois ainda não fora pago o pecado original, pela morte de Jesus Cristo, na cruz.

Esperando ter esclarecido a sua dúvida me subscrevo atenciosamente

in Corde Jesu, semper,
Orlando Fedeli