Defesa da Fé

Islamismo e ecumenismo
PERGUNTA
Nome:
Vanessa Câmara
Enviada em:
09/09/2016
Local:
Brasil
Religião:
Católica

 salve Maria!

Gostaria de saber como refutar um marxista em uma situação em que por exemplo, em uma comparação, ele justifica o fato de o Islã estar expandindo sua doutrina no mundo hoje assim como fez a Igreja na Idade Média ao promover a conversão da Europa, como se dissesse que a Igreja também doutrinou a população de acordo com sua "ideologia" como fazem hoje os árabes muçulmanos. Digamos que ele coloque isso para tentar justificar que a Igreja também foi manipuladora e que, portanto errou, nesse sentido. Como se pode combater esse pensamento?

 

Agradeço desde já.

RESPOSTA
Prezada Vanessa, salve Maria!

 

     Obrigado por sua pergunta. É sempre uma alegria poder defender a verdade e a Igreja, ajudando – na medida de nossa incapacidade – a esclarecer as brumosas trevas de nossa época.

O erro de seu colega marxista está em reduzir todo trabalho de convencimento ao mesmo nível. Dessa forma, todo aquele que ensina algo – não importando o quê – seria igualmente enganador. Ora, ser enganador é ensinar o erro. Ensinar a verdade é combater o erro.

     A Igreja construiu a Civilização. Onde pregou, a Igreja Católica preservou e elevou o que havia de bom nos povos convertidos e combateu o que havia de mal. Foi assim com os bárbaros na Europa, foi assim com os índios na América, foi assim com os japoneses etc. Isso para ser breve...

     A Igreja instituiu as escolas monásticas e também determinou que paróquias e catedrais mantivessem, gratuitamente, escolas para todos aqueles que desejassem estudar. Com isso ela lançou as bases para as universidades, outra invenção da Igreja.

Na Idade Média, o clero foi o grande agente de promoção social. Vários Papas e bispos eram filhos de humildes camponeses.

     Veja o que ensinou Leão XIII na Encíclica INSCRUTABILI DEI CONSILIO (21-04-1878)

 

“Não foi a Igreja quem, pregando o Evangelho entre as nações, fez brilhar a luz da verdade no meio dos povos selvagens e imbuídos de superstições vergonhosas, e quem os reconduziu ao conhecimento do divino Autor de todas as coisas e ao respeito de si mesmos? Não foi a Igreja quem, fazendo desaparecer a calamidade da escravidão, revocou os homens à dignidade da sua nobilíssima natureza? Não foi ela quem, desfraldando sobre todas as plagas da terra o estandarte da Redenção, atraindo a si as ciências e as artes ou cobrindo-as com a sua proteção, por suas excelentes instituições de caridade, onde todas as misérias acham alívio, por suas fundações e pelos depósitos cuja guarda aceitou, em toda parte civilizou nos seus costumes privados e públicos o gênero humano, reergueu-o da sua miséria e formou-o, com toda sorte de desvelos, para um gênero de vida conforme à dignidade e à esperança humanas?”

 

     É muito importante destacar também que a Igreja dignificou a mulher, até então desprezada em todas as sociedades pagãs, mesmo naquelas mais civilizadas. Condenando a poligamia, a Igreja honrou a mulher. E quem defende ainda hoje a poligamia?

 

     Ensinando que Nossa Senhora é a mais perfeita das criaturas, Rainha dos próprios anjos, a Igreja ensinou que a mais elevada virtude e perfeição independe do sexo. No mundo todo, onde existe catolicismo, por menor que ele seja, há sempre uma igreja dedica à Mãe de Deus.  

     Ensinando que Fé e Razão andam juntas e que a criação de Deus é boa e inteligível, a Igreja deu decisivo impulso às ciências.

     Ensinando que os sacramentos são para todos e que, independente de cor, origem ou povo, todos têm direito à verdade, a Igreja combateu o racismo e a escravidão fazendo com que na Idade Média houvesse, pela primeira vez na história, um continente inteiro sem escravidão. Escravidão essa que ressurgirá no Renascimento – imagine só – humanista...  

 

     A Igreja não ensina ideologias, ela ensina verdades. Daí seu magistério ser perene e imutável, como toda a verdade.     

     Basta comparar os frutos do Cristianismo com os frutos do Islã. “Pelos seus frutos os conhecereis” (Mt 7,16).

 

 

In Corde Iesu.

Salve Maria!

André Melo