Defesa da Fé

Declarações equivocadas do Cardeal Odilo Scherer
PERGUNTA
Nome:
Rogério A. Silva
Enviada em:
23/03/2009
Local:
Taguatinga - DF, Brasil
Religião:
Católica


Senhores membros da CNBB,

Venho por meio deste, expressar o repúdio às declarações do respeitável Cardeal Odilo Pedro Scherer no artigo http://www.cnbb.org.br/ns/modules/articles/article.php?id=474 acerca dos levantamentos da excomunhão imposta aos Bispos da FSSPX, Dom Bernard Fellay, Dom Tissier de Mallerais, Dom Alfonso del Gallarreta e Dom Richard Willianson.
 
 
Em primeiro lugar, a excomunhão não ocorreu por conta da negação do Concílio Vaticano II, Dom Lefebvre foi excomungado em 1988, mais de vinte anos após o fim do concílio, portanto, são vinte anos de oposição a este e somente após tal tempo a Igreja de manifestou punindo-o? Dai se conclui o equívoco de Dom Scherer. A punição se deu única e exclusivamente pelas sagrações irregulares, conforme disciplina o Código de Direito Canônico.
 
Em segundo lugar, é triste ver um respeitável Cardeal da Igreja, Sua Eminência Reverendíssima Dom Scherer cometer um grave calúnia e ofensa à Fraternidade Sacerdotal São Pio X, que fere a caridade cristã, ao afirmar que a ela nega a autoridade dos Papas a partir do Papa Bem-aventurado João XXIII. Dom Marcel Lefebvre já firmava a fidelidade ao Sagrado Magistério, à época do reinado de S. S. Papa João Paulo II, mesmo após a sua excomunhão, e com certeza assim o faria sob a regência do Papa atual, S. S. Papa Bento XVI, que diga-se de passagem foi grande amigo do Papa João Paulo II. Prova disso é que Dom Lefebvre sempre intransigiu manifestações sedevacantistas na Fraternidade. Além do mais, se a FSSPX não aceitasse o Papa Bento XVI como legítimo titular da Cátedra de São Pedro, porque, então, suplicaria ao atual Sumo Pontífice o levantamento das excomunhões?
 
Acerta o Venerável Cardeal quando diz que a Fraternidade não se encontra plenamente regularizada, mas, ademais, é preciso admitir: do que adianta a um Bispo estar plenamente alocado no edifício jurídico da Santa Igreja, se o que vê é uma rebelião do episcopado contra o próprio Papa, quando ele decide pelo levantamento das excomunhões? Não configura isto um desrespeito e uma desobediência, que levada às últimas conseqüências, representaria um cisma?
 
O Papa levantou a excomunhão, porque vê na Fraternidade um grupo de Padres, sobretudo, Bispos, fiéis ao Magistério da Igreja, muito diferentemente do que se vê na maioria esmagadora do episcopado católico, que resiste às decisões do Papa, sob essa ótica, a regularização da Fraternidade será um mero detalhe nesse processo.
 
Quem não está em comunhão com o Papa é essa imensa maioria do episcopado que desobedece à doutrina católica quando o sucessor de Pedro afirma que o Concílio Vaticano II não representa uma ruptura com o passado católico. Quem está fora da Igreja é quem trata o Concílio Vaticano II como um superdogma, superior mesmo aos Concílio anteriores como o de Trento e o Vaticano I, quando o próprio Papa Bento XVI condena tal tese.
 
O Papa Bento XVI não colocou a aceitação do Concílio Vaticano II como condição sine qua non para a plena regularização da Fraternidade, pelo contrário o Concílio Vaticano II possui questões em aberto, assim não é nenhum ponto fundamental de doutrina e pode ser revisto e debatido neste diálogo da Santa Sé com a Fraternidade, diferentemente de concílios como o de Trento e o Vaticano I, que encerram dogmas e não estão passíveis de debate.
 
Portanto, que a CNBB alinhe seu discurso com o Santo Padre e não distorça os fatos, o que configura ato gravíssimo e um atentado contra os fiéis católicos, cada vez mais privados das verdades contida no Sagrado Magistério e tão salutares à salvação das almas.
Nesse sentido, despeço-me
 
Rogério A. Silva

Nossa Senhora de Fátima, rogai por nós.
São Pio X, rogai por nós.
 
RESPOSTA

Muito prezado Rogério,
Salve Maria.
 
Faço minhas as suas palavras, pois ainda agora, em entrevista o Cardeal Castrillón confirmou que as excomunhões dos quatro Bispos da Fraterniddae, agora levantadas, ‘só foram punidos pelas sagrações e nunca por motivos doutrinários". A não aceitação do Vaticano II não cusou e não causa excomunhão de modo algum. O Cardeal Ratzinger—agora Bento XVI , gloriosa e valentemente reinante—condenou os modernistas que pretendem fazer do Vaticano II um super dogma , coisa que ele nunca foi.
 
E a Fraternidade sempre aceitou todos os Papas posteriores ao Concílio, sem jamais ter aderido ao sede-vacantismo que Dom Lefebvre sempre condenou.
 
Um abraço,
 
In Corde Jesu, semper,
Orlando Fedeli