Defesa da Fé

Rituais da Wicca
PERGUNTA
Nome:
£estat
Enviada em:
24/12/2003
Local:
São Gonçalo - RJ,
Religião:
Outras - escreva abaixo

Meu caro Paulo Sérgio Pedrosa e Orlando Fedeli,

Sinto muito, mas em duas respostas que vocês colocaram aqui, pude perceber que, assim como os inquisidores, vocês não respeitam opiniões diferentes das suas, respondendo até mesmo de forma grosseira as pessoas que discordam de vocês. Sei que provavelmente vocês irão querer fazer comigo as mesmas coisas que os inquisidores faziam: tortura, principalmente(neste caso) a psicológica.

Minha "dúvidas" se baseiam em S. João 13:34,35, em que diz: "[Jesus disse]Eu lhes dou este novo mandamento: Amen uns aos outros. Assim como eu os amir, amem também uns aos outros. Se tiverem amor uns pelos outros, todos saberão que vocês são meus seguidores."

Agora pergunto aos senhores: as atitudes dos inquisidores demonstrava este ensinamento de Cristo??

Quanto à resposta refenrente ao assunto wicca, tendo apenas duas coisas a declarar:

1) Uma das leis seguidas em tal religião é a seguite: "Se não fizer mal a ninguém, faça o que quiseres."
2) O autor do livro "Wicca, a feitiçaria moderna" declara o seguinte: "É interessante notar que, antes de uma pessoa ser considerada herética, ela tem, primeiro, que ser cristã, e os Pagãos nunca foram cristãos. Eles sempre foram Pagãos." E acho que os senhores melhor que eu devem saber que uma das técnicas mais utilizadas na inquisição era a fogueira, com o seguinte detalhe: se a pessoa morresse, era porque era bruxa e Deus não tinha se apiedado de sua alma. Se sobrevivesse, tinha usados "Poderes ocultos de Satã", e morria logo depois de alguma outra forma, fosse por guilotinamento ou até mesmo por separar pura e simplesmente a cabeça do corpo com uma espada. E Jesus disse que era para amarmos...

£estat Dracµl

RESPOSTA
Caro Lestat-Dracul (sic), salve Maria.

Antes de mais nada, gostaria de deixar bem claro que minha opinião tem muito pouco valor.

Não sou eu, por iluminação interior, raciocínio ou “mensagem do além” que condeno a bruxaria, o feiticismo, a adivinhação, a necromancia, etc., mas sim a Santa Igreja Católica, depositária de fé, instituída por Nosso Senhor Jesus Cristo, verdadeiramente Deus e verdadeiramente Homem, filho Unigênito do Pai, Deus Único, Criador do céu e da terra.

Você nos diz que respondemos de uma forma “grosseira”. Se por isto se entende que usamos palavras chulas e de baixo calão eu protesto! Deus nos livre de tal coisa! Agora, se pela expressão “de forma grosseira” se deve entender com dureza, nós o fazemos, por caridade. “Increpa illos dure” – Increpa-os duramente”, diz São Paulo a Tito. Todo debate é um combate, onde se visa o convencimento dos adversários. E são nossos adversários geralmente que escolhem as armas.

Confesso que não tenho a finesse do professor Orlando para usar o florete, mas um tacape, este eu consigo usar!

Seu conhecimento sobre a inquisição prova ser profundo como um prato de sopa. Mas, hoje não se pode esperar muito, posto que, de modo geral, as pessoas engolem sem examinar as mentiras que a mídia e os professores marxistas dizem a respeito da Idade Média e da Inquisição. Também, não devemos exigir muito conhecimento histórico de quem acredita estar seguindo uma religião anterior ao cristianismo, mas que foi inteiramente fabricada para atender a um certo naturalismo místico da sociedade moderna.

Lestat-Dracul... este é seu nome, ou esse é o seu pseudônimo como pretenso bruxo?

Curioso como os Wiccanos berram aos quatro cantos que não são satanistas e, depois, assumem nomes de vampiros...

Normalmente, quando uma pessoa assume um nome, esse nome tem um significado pessoal. Lestat, é o personagem vampiro do livro Entrevista com o Vampiro, de Anne Rice. Ele é um personagem frívolo, egoísta e amoral. Dracul, de Drácula, personagem criado por Bram Stoker inspirado num personagem medieval da Europa Oriental, por sua vez é misterioso, traiçoeiro e impiedoso.

Frívolo, egoísta, amoral, misterioso, traiçoeiro e impiedoso. Esta é uma boa descrição genérica do homem contemporâneo.

O seu falho entendimento de amor é certamente romântico.

O amor romântico, é descrito como um sentimento interior, que nos faz sentir bem. Assim, no entendimento romântico, a famosa frase de Nosso Senhor, significa “aceitar” e “tolerar” aos outros para que todos se sintam bem.

Note o enfoque egoísta de tal concepção. O que se busca é um bem estar interior, e não o bem do outro.

Amar, em seu sentido último, significa querer bem.

E não existe bem maior do que a salvação da alma imortal, como não existe mal maior do que a condenação perpétua ao fogo infernal.

Querer que uma pessoa se salve é o maior amor que se pode ter pelos outros E eu quero, sinceramente, de toda alma e coração, que você abandone a bruxaria e se converta à Igreja Católica, fora da qual não há salvação.

Ainda, Cristo diz para que os cristãos se amem uns aos outros. Alguém poderia entender que não é necessário amar aos não cristãos, como os bruxos, por exemplo. Mas na verdade a Igreja nos ensina que também aos nossos inimigos devemos amar.

E é por isto que queremos afastá-los do erro. Por isto é que somos duros. Pois se deve ser duro com o erro, visando o bem de quem erra.

Na Inquisição visava-se a conversão e não a punição do acusado. Por isso, a Inquisição era o único tribunal do mundo que começava dando um prazo de perdão: quem se acusasse de ter agido contra a Fé dentro de um prazo de 15 a 30 dias estava perdoado. O acusado, em qualquer fase do processo, pedindo perdão, estava perdoado.

Portanto, antes de formular perguntas levianas, procure pesquisar bons livros com embasamento histórico, como A Inquisição em Seu Mundo, do professor José Bernardino Gonzaga, da editora Saraiva, e não se fundamenta em mentiras levianamente repetidas, inclusive nos livros da Wicca.

Agora vamos às suas declarações:

“Uma das leis seguidas em tal religião é a seguite: "Se não fizer mal a ninguém, faça o que quiseres."

Tal lei é um sofisma sem vergonha da Wicca. Esta lei foi na verdade retirada da lei de Thelema, que foi dada a Aleister Crowley por uma “entidade” (na verdade o demônio). Diz a lei de Thelema: “Faças o que tu queres deve ser toda a lei”.

Isto implica na abolição de toda a lei moral, estabelecendo o anomismo.

A absoluta maioria dos adeptos da Wicca é a favor do aborto. Onde se aplica a sua valiosa lei então? Ou essa lei só vale quando se lida com magia?

Vejamos alguns dos “inofensivos” feitiços que respeitam tal lei, do livro Wicca.
Um Estilo de Vida, Religião e Arte, de Raymond Buckland:

Ritual para melhorar suas notas” (página 157): Para melhorar suas notas um aluno deve estudar, e não fazer magia. Seria algo como colar na prova, uma coisa “inofensiva”, que só prejudica o próprio aluno. Segundo Buckland,

Nos exames parece que só serão feitas as perguntas das quais você conheça a resposta”(página 157). Ora, fazendo esta magia para tirar notas, o próprio aluno está se prejudicando, se eximindo de adquirir um conhecimento que é averiguado pela prova. A própria pessoa não está incluso na sua lei? Então sua lei permite que a pessoa prejudique a si mesma?

Ritual para criar harmonia com seu professor” (página 160): Uma das falas do ritual “Desejo me relacionar bem com meu professor; quero me sair bem, trabalhar harmoniosamente e não ter desentendimentos ou discussões” (página 161) aparentemente parece inofensiva, mas o que se quer ganhar aqui é a simpatia do professor, não pelos méritos do aluno, mas pela magia, não importando se o aluno é bom aluno ou encrenqueiro. Note ainda que as palavras do ritual podem ser alteradas, de forma a tentar enfeitiçar outra pessoa, da qual é mencionado o nome e utilizada uma foto. Esta magia tenta mudar a vontade e predisposição de uma pessoa com relação à outra. Isto não seria uma violação da vontade do outro?

Buckland também fala do uso de bruxaria no trabalho. E aqui também a bruxaria, se fosse efetiva, se mostra como arma desleal, acabando por prejudicar outras pessoas. Suponha que haja dois funcionários que estejam querendo uma promoção. Um trabalha há cinco anos na empresa, é dinâmico, empreendedor, simpático e conhece bem o serviço e é, digamos, agnóstico. O outro trabalha há dois anos na mesma empresa, é dinâmico e simpático e conhece pouco o serviço. O segundo é um bruxo e conseguiu o lugar por causa de um feitiço. O primeiro funcionário não foi prejudicado? Ou ele não conta?

Deve-se notar que facilmente um ritual pode ser modificado com a intenção de prejudicar outra pessoa, ou de influenciá-la com o uso de magia...

Quanto a sua segunda declaração:

O autor do livro "Wicca, a feitiçaria moderna" declara o seguinte: "É interessante notar que, antes de uma pessoa ser considerada herética, ela tem, primeiro, que ser cristã, e os Pagãos nunca foram cristãos. Eles sempre foram Pagãos." E acho que os senhores melhor que eu devem saber que uma das técnicas mais utilizadas na inquisição era a fogueira, com o seguinte detalhe: se a pessoa morresse, era porque era bruxa e Deus não tinha se apiedado de sua alma. Se sobrevivesse, tinha usados "Poderes ocultos de Satã", e morria logo depois de alguma outra forma, fosse por guilotinamento ou até mesmo por separar pura e simplesmente a cabeça do corpo com uma espada. E Jesus disse que era para amarmos...”

O que o autor do livro esqueceu de explicar, meu caro, é que a inquisição só podia ser aplicada aos cristãos, e de que as bruxas perseguidas a partir do século XV eram todas cristãs, e sob a jurisdição da Igreja Católica.

Antes de propagar idéias pré concebidas sobre a inquisição, sugiro que leia a carta ignorância atual sobre o passado e a carta mortes na inquisição, além de diversas outras que você pode encontrar no espaço do leitor, na seção de História.

Sancte Michael Archangele, defende nos in praelio.
Paulo Sérgio R. Pedrosa