Cartas de Apoio

Testemunho de conversão
PERGUNTA
Enviada em:
13/01/2006
Local:
Curitiba - PR, Brasil
Religião:
Católica
Idade:
28 anos

Meu nome é A., tenho 28 anos e escrevo, em primeiro lugar, para parabenizá-los pelo esforço e dedicação com que ensinam aos que estão dando seus primeiros passos na fé.

Vocês tem sido muito importantes no meu pouco tempo de caminhada cristã.

Gostaria de deixar meu testemunho, na esperança de que alguma pessoa que viva a mesma situação possa também encontrar seu caminho, apenas peço que caso resolvam publicar não divulguem meu nome ou e-mail.

Apesar de batizada eu recebi muito pouca instrução religiosa, tanto da família quanto da escola.
Desde muito pequena eu tinha inquietações espirituais, queria saber muito, mas não havia quem me ensinasse, minha busca religiosa começou na infância.
Comecei lendo a Bíblia e logo outras crianças me trouxeram de suas casas os livros de Alan Kardec, que excitaram e comoveram minha imaginação, foi meu primeiro contato com o mundo espiritual, que começava a se descortinar para mim.

Meu estudos foram crescendo comigo e na adolescência descobri o esoterismo.
Naquela época, informações sobre esse assunto não eram tão disponíveis como são hoje, para saber algo eu passei por muitas seitas, cultos, ordens e religiões em uma busca sem fim.

Comecei nos famosos cursos de gnose e com o tempo fui sendo admitida em algumas ordens, me tornei discípula de mestres orientais, praticava yoga, magia, meditação, reiki, era astróloga, taróloga e quiromante, mas digo com sinceridade que nada disso foi capaz de preencher meu vazio interior.
Eu ajudava e aconselhava a todos, mas era incapaz de curar minha própria depressão.
Quanto mais eu afundava em tristeza mais eu me aprofundava no ocultismo, ao ponto de se tornar a razão da minha vida, a única coisa que realmente interessava.

Em tudo isso, eu buscava ardentemente a Deus,acreditava que não importava o caminho, todos O encontrariam no final.
Nessa época havia já desistido da minha faculdade, cursei parapsicologia e psicologia, mas no meu entender eram ciências rudimentares perto do ocultismo.

Resolvi seguir a umbanda e foi onde minha vida terminou por ruir.
Me tornei escrava da mãe de santo, já não podia decidir livremente nem sobre minha própria vida, o que não era nada para quem teve até que levar um teste negativo de AIDS para ser admitida em outra seita. Eu me sujeitava a qualquer coisa por mais conhecimento.
Quando resolvi sair, minha depressão piorou muito, pois ali bem ou mal eu tinha migalhas do amor que buscava.

Alguns meses depois, em uma crise de tristeza profunda, uma pessoa católica conversou comigo, sem me julgar e me orientou no caminho de volta para Deus.
Me ensinou pacientemente todos os rudimentos da fé, desde a oração, que eu já não lembrava, até o modo como confessar e me portar na igreja.
Eu me apeguei à Deus com toda fé, sabia que seria a última tentativa da minha vida.

Conforme eu ia me confessando e comungando meu interior mudava.
Lentamente fui deixando o comportamento supersticioso e as crenças bizarras que tinham orientado minha vida até ali e, de repente, quando me dei conta, já não estava mais infeliz, não tinha mais crises nem pensava em morrer, pude sentir o amor de Deus, que sempre busquei, praticando a fé verdadeira.

Hoje a tristeza e a superstição são apenas um triste passado para mim.
Agradeço todos os dias à Deus por essa conversão e à vocês pela oportunidade que oferecem amorosamente à todos de aprender, ainda que algumas vezes sejam tão mal compreendidos.

Um abraço amigo,

A.
RESPOSTA

Muito prezada A.,
salve Maria!
 
    Sua missiva demonstra como Deus é misericordioso e quanto é verdadeira a parábola do Bom Pastor. Nosso Senhor nos procura salvar, e de modo especial, quando estamos mais afastados dEle.
    Recomendo-lhe que procure ter devoção oa Sagrado Coração de Jesus, fonte de misericórdia infinita, e à Imaculada Conceição rezando a jaculatória: "Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós". Nossa Senhora é nossa Mãe e nunca nos abandonará.
    Escreva-me sempre que necessitar de algo.
    Que Deus a guarde em seu santo serviço.

In Corde Jesu, semper,
Orlando Fedeli